05 abril 2018 às 11h40

Confirmados dois casos de sarampo em tripulantes de cabine

Foram infetados um homem, que efetuou voos na segunda-feira "durante a manifestação de sintomas", e uma mulher, que esteve em voos de ida e volta em março

DN/Lusa
DN/Lusa

Os Serviços de Saúde de Macau anunciaram na quarta-feira à noite que foram confirmados dois casos de sarampo em tripulantes de cabine da companhia aérea Tigerair Taiwan, que realizaram voos entre Taiwan e Macau.

As autoridades afirmaram que foram notificadas pelo Departamento de Controlo de Doenças da ilha, na terça-feira, sobre a existência de dois casos de sarampo, um homem e uma mulher, ambos tripulantes de cabine da companhia aérea Tigerair Taiwan.

O homem efetuou voos na segunda-feira, "durante a manifestação de sintomas", entre o aeroporto internacional de Taoyuan em Taiwan e o aeroporto internacional de Macau e de Macau para Kaohsiung, também na ilha, indicaram aqueles serviços, em comunicado.

Já a mulher esteve em voos de ida e volta, a 31 de março, entre Taoyuan e Macau.

Os Serviços de Saúde acrescentaram que os dois tripulantes permaneceram sempre no avião, durante a estada em Macau.

A Região Administrativa Especial de Macau obteve a acreditação da erradicação do sarampo da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2014, sendo um dos quatro primeiros países da Região do Pacífico Ocidental a eliminar a doença.

Apesar de cada vez mais pessoas estarem vacinadas contra o sarampo, têm ocorrido, recentemente, casos esporádicos de surtos de sarampo. Em Portugal, o surto de sarampo tinha infetado, até quarta-feira, 90 pessoas, de acordo com a Direção-Geral de Saúde (DGS).

Segundo a DGS, o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Este organismo do Ministério da Saúde indica que "os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal".

A Europa registou, no ano passado, um forte aumento de casos de sarampo, que a OMS considerou uma tragédia em relação aos apenas 5.273 casos contabilizados em 2016. Mais de 20 mil pessoas foram afetadas e 35 morreram.