Catarina Martins: Erros não podem apagar homenagem a grande revolucionário
A coordenadora do BE, Catarina Martins, disse este sábado que o regime com muitos erros protagonizado por Fidel Castro, que morreu sexta-feira, não pode apagar a homenagem a um grande revolucionário e um estadista que marca a história.
Na conferência de imprensa após a reunião da Mesa Nacional do BE, que decorre hoje em Lisboa, Catarina Martins reagiu à morte de Fidel Castro, que considerou ser "um revolucionário do século XX, um estadista que marca a história e um homem com grandes proezas".
"Cuba fez uma luta contra o imperialismo, combateu a pobreza, teve avanços na ciência, na saúde extraordinários que são reconhecidos por todo o mundo, mas [Fidel Castro] é também o protagonista de um regime com muitos erros que o BE nunca deixou de denunciar, desde logo um regime de partido único que negava liberdades e que perseguiu pessoas pela sua diferença", recordou.
Para a líder bloquista, as diferenças sobre o percurso que foi feito em Cuba "não podem apagar naturalmente a homenagem a um grande revolucionário".
"É indesmentível pela história que Fidel Castro é um grande homem, foi um grande homem da revolução cubana, uma revolução vitoriosa", sublinhou.
O BE, segundo Catarina Martins, saudou a memória de Fidel Castro e reconheceu "a importância de um povo de Cuba independente".
O histórico líder cubano, Fidel Castro, morreu na noite de sexta-feira, 25 de novembro, aos 90 anos, às 22:29 locais (03:29 de sábado em Portugal continental) e já foram várias as reações e condolências apresentadas por diversos líderes políticos mundiais.
Cuba decretou nove dias de luto nacional e anunciou que o funeral vai realizar-se a 4 de dezembro.