Autores do massacre a escola brasileira tinham pacto de morte

A polícia brasileira concluiu que o mais novo, Guilherme Monteiro, disparou sobre Luiz Castro e depois suicidou-se. Provas recolhidas apontam para um ataque planeado e imagens da câmara de videovigilância mostram como tudo aconteceu.
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A investigação da polícia brasileira ao ataque levado a cabo por dois antigos alunos de uma escola da cidade de Suzano, a 34 quilómetros de São Paulo, que provocou a morte a oito pessoas, das quais cinco menores, e ainda dez feridos, chegou à conclusão que os suspeitos tinham um pacto de que se matariam depois do massacre que planearam.

As informações dos investigadores apontam para o facto de o mais novo, Guilherme Monteiro, de 17 anos, ter disparado sobre o mais velho, Luiz Castro, de 25 anos, suicidando-se em seguida.

A polícia fez entretanto buscas a casa dos dois assassinos, tendo recolhido provas que apontam para o facto de nos últimos dias terem andado a fazer pesquisas na internet sobre massacres ocorridos em escolas dos Estados Unidos. Além disso, no carro usado para o ataque foi encontrado um caderno, que continha desenhos de armas e táticas de jogos de combate que deveriam cumprir na escola de Suzano. "Depois disso pode mandar o seu exército atacar, é um exército meio fraco, mas se fizer rápido o inimigo não vai ter tempo de fazer muitas defesas", pode ler-se.

As várias cadeias de televisão brasileiras estão a divulgar um vídeo obtido através da câmara de videovigilância da entrada da escola, onde se pode ver a forma como foi feito o ataque. (Chamamos a atenção para o conteúdo sensível das imagens.)

O Ministério Público de São Paulo quer ainda que a investigação levada a cabo pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) procure apurar a existência de uma organização criminosa por detrás da atuação dos dois antigos alunos da escola de Suzano, pois em causa poderá estar a existência de crimes de "terrorismo doméstico", expressão utilizada para classificar atentados terroristas por pessoas nascidas no Brasil contra o seu próprio povo ou governo.

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