Os Estados Unidos da América realizaram um ataque com drones durante este fim de semana que tinha como alvo um campo de treino do grupo terrorista islâmico Al-Shabab, na Somália. Mais de 150 pessoas, presumíveis combatentes terroristas, morreram no ataque com drones tripulados e não tripulados, anunciou esta segunda-feira o Pentágono.
"Foi um ataque bem-sucedido", disse o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, que acrescentou que os dados recolhidos pelos EUA indicavam que o grupo preparava um "ataque a larga escala" e representava uma ameaça para forças militares dos EUA e da União Africana na Somália. "Sabíamos que iam sair do campo de treino e que representavam uma ameaça iminente", acrescentou Jeff Davis. David rejeitou revelar informações mais específicas sobre o possível alvo pretendido do grupo Al-Shabab.
Davis disse que cerca de 200 combatentes estariam a treinar no campo de Raso na altura do ataque, e disse estar confiante de que não haveriam baixas civis. "O fim deste campo vai degradar a capacidade da Al-Shabab de concretizar os objetivos do grupo da Somália", afirmou.
O grupo Al-Shabab, com ligações à Al-Qaeda, foi expulso da capital Mogadíscio por forças da União Africana em 2011, mas permanece um forte antagonista na Somália, lançando ataques frequentes para tentar derrubar o governo apoiado pelo Ocidente.
O grupo, cujo nome significa "A Juventude", procura impor a sua versão rígida da lei sharia na Somália, onde frequentemente realiza ataques contra as forças de segurança e o governo, assim como hotéis e restaurantes na capital.
A Al-Shabab também foi responsável por ataques mortíferos no Quénia e no Uganda, dois países que contribuem com tropas para as forças da União Africana na Somália.