Instituto Lula acusa procurador que pediu prisão preventiva de parcialidade
O Instituto Lula acusou hoje, em comunicado, o procurador que pediu a "prisão preventiva" do antigo Presidente do Brasil de estar a ser parcial.
"O procurador paulista que antecipou a decisão de denunciar Luiz Inácio Lula da Silva antes mesmo de ouvir o ex-presidente dá mais uma prova de parcialidade ao pedir a prisão preventiva de Lula", refere o Instituto Lula.
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Para o Instituto Lula, o procurador "possui documentos que provam que o ex-presidente não é proprietário nem do triplex no Guarujá, nem do sítio em Atibaia, e tampouco cometeu qualquer ilegalidade".
"Mesmo assim, solicita medida cautelar contra o ex-presidente em mais uma triste tentativa de usar seu cargo para fins políticos", acrescentou.
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A Procuradoria-geral de São Paulo negou hoje que haja uma possível motivação política na denúncia apresentada contra o antigo chefe de Estado brasileiro por alegado branqueamento de dinheiro e ocultação de património.
"O Ministério Público não trabalha com calendário político. O nosso calendário é judicial", afirmou o procurador José Carlos Blat, em conferência de imprensa.
O jornal Folha de São Paulo noticia também que Lula da Silva atribui o pedido de prisão preventiva à alegada possibilidade de a Presidente Dilma Rousseff o convidar para assumir um ministério.
"Ao assumir um ministério, Lula teria foro privilegiado e não poderia ser preso", escreve o jornal.
Os procuradores do Estado de São Paulo pediram hoje a prisão preventiva de Lula da Silva, depois de quarta-feira o terem acusado de crimes como a ocultação de património e lavagem de dinheiro.