Idai: número de mortos em Moçambique sobe para 493
Segundo os dados das agências das Nações Unidas, a passagem do ciclone fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui.
O número de mortos provocados pelo ciclone Idai e as cheias que se seguiram subiu para 493, anunciaram hoje as autoridades moçambicanas.
O último balanço, apresentado no centro de operações de socorro da cidade da Beira, aponta ainda para 1.523 feridos e 839.748 pessoas afetadas pelo desastre natural, de 14 de março.
Entretanto, as Nações Unidas estimaram esta quinta-feira que 75 mil grávidas foram afetadas pelo furacão Idai em Moçambique e que 7 mil dos 45 mil partos previstos nos próximos meses possam registar complicações potencialmente fatais.
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"Estimamos que mais de 75 mil mulheres grávidas foram afetadas pelo ciclone, com mais de 45 mil partos previstos nos próximos seis meses, 7 mil dos quais poderão registar complicações potencialmente fatais", alertou Andrea Wojnar, representante em Moçambique do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA, na sigla em inglês).
O alerta surge depois de a responsável do UNFPA ter feito uma visita a várias infraestruturas e comunidades no distrito de Dondo, na província de Sofala.
Por isso, o UNFPA estimou em mais de 9 milhões de dólares (cerca de 8 milhões de euros) os fundos necessários para fornecer serviços de saúde reprodutiva, prevenção e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, contracetivos e 'kits' para recolha de provas em caso de violação.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 786 mortos e afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.