A força aérea nigeriana bombardeou esta terça-feira por engano um campo de refugiados no nordeste do país, matando mais de 100 civis e ferindo voluntários de organizações humanitárias.
O próprio governo nigeriano admitiu o erro, afirmando que a operação militar tinha como objetivo um campo de jihadistas do Boko Haram, que por engano foi identificado naquela zona.
O líder das forças armadas, o general Lucky Irabor, confirmou o erro e a existência de pessoal dos Médicos sem Fronteiras e da Cruz Vermelha Internacional entre as baixas.
Segundo a agência AP, esta será a primeira vez que o governo nigeriano admite um erro deste género.
"De alguma forma, alguns civis foram mortos", afirmou Irabor, citado pela Reuters. "Muitos civis, incluindo pessoal da Cruz Vermelha Internacional e dos Médicos sem Fronteiras ficaram feridos", acrescentou, não revelando o número de vítimas mortais.
Horas mais tarde, a agência AP adiantava, citando fontes no local, que o número de mortos ultrapassava a centena.
O incidente ocorreu na região Rann, próximo da fronteira com os Camarões.