Número de casos ligados ao Ébola aumenta para 30 e já há pelo menos 22 mortes

Ministério da saúde congolês pediu às autoridades norte-americanas autorização para o uso de um tratamento experimental à base de anticorpos

O governo congolês revelou esta quinta-feira que já existem 30 casos confirmados com o vírus do Ébola, declarado no noroeste da República Democrática do Congo, tendo sido registadas pelo menos 22 mortes.

No total, o Ministério da Saúde congolês registou 58 casos nas três áreas afetadas - as áreas rurais de Iboko e Bikoro e a urbana em Mbandaka, onde já existem 30 confirmados, sendo 14 prováveis e 14 suspeitos, bem como 22 mortes.

O ministério da saúde congolês já pediu às autoridades dos EUA para os autorizarem a usar um tratamento experimental à base de anticorpos, desenvolvido pelo investigador Jean-Jacques Muyembe a partir de um sobrevivente de Ébola em 1995 e que foi usado em macacos.

As autoridades da RD Congo e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram na segunda-feira uma "vacinação direcionada" contra a doença provocada pelo vírus Ébola em Mbandaka.

As primeiras vacinas foram administradas em cerca de dez pessoas das equipas médicas.

O número de pessoas alvo desta primeira fase de vacinação é estimado em mais de 600: equipas de saúde que estiveram em contacto com os pacientes - principalmente membros da família - e as pessoas próximas de quem contactou os doentes infetados.

A RD Congo já recebeu 8.500 doses de vacina, segundo as autoridades.

A campanha de vacinação direcionada continuará em Bikoro (a 100 quilómetros de Mbandaka e a 600 quilómetros de Kinshasa), epicentro do atual surto, declarado a 08 de maio na fronteira com a República do Congo.

Este é o nono surto da doença desde que apareceu pela primeira vez na RD Congo, em 1976.

A última epidemia ocorreu em 2017 e matou oficialmente quatro pessoas.

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