China evita condenar de forma explicita último lançamento de um míssil

"A nossa sinceridade no cumprimento das nossas obrigações internacionais não deixa espaço para dúvidas", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês

A China evitou esta sexta-feira condenar de forma explicita o último lançamento de um míssil pela Coreia do Norte, dias depois do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado novas sanções contra o regime de Kim Jong-Un.

Pyongyang lançou na quinta-feira um míssil que sobrevoou o norte do Japão, anunciou o governo de Tóquio logo após o disparo, que não provocou danos.

Em conferência de imprensa, Hua Chunying, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, disse que que todas as resoluções do Conselho de Segurança, no qual a China é membro permanente, "se opõem ao desenvolvimento da capacidade nuclear da Coreia do Norte".

Questionada se Pequim considera necessárias novas ações, como resposta ao lançamento, Hua Chunying sublinhou os "enormes sacrifícios" feitos pelo seu país para resolver a crise na península coreana.

"A nossa sinceridade no cumprimento das nossas obrigações internacionais não deixa espaço para dúvidas", acrescentou.

Hua destacou que a "missão" de todas as partes deve ser "terminar com todas as ações provocativas e perigosas, a favor de uma solução pacífica".

A porta-voz reiterou a importância do "regresso imediato ao diálogo" entre as partes diretamente implicadas no conflito e frisou que a China "não é responsável pelo aumento das tensões".

A China é o principal aliado diplomático e maior parceiro comercial da Coreia do Norte. Cerca de 90% do comércio externo norte-coreano é feito com o país vizinho.

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