Com infeções em queda, Suécia quer permitir eventos com até 500 pessoas
As autoridades de saúde suecas confirmaram a tendência de queda no número de infeções pelo novo coronavírus nas últimas semanas e propuseram aumentar o número de pessoas permitidas em eventos públicos de 50 para 500.
A boa evolução epidemiológica levou o Governo sueco a anunciar, há poucos dias, que iria propor o levantamento de algumas restrições, assim encomendou um relatório às autoridades sanitárias, que esta quinta-feira propuseram que sejam permitidas até 500 pessoas em eventos.
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A proposta afeta eventos em que as pessoas estarão sentadas, devendo haver pelo menos um metro de distância entre estas, explicou o epidemiologista chefe sueco Anders Tegnell, abrindo as portas à participação em competições desportivas, como já é o caso na Dinamarca.
O país, com uma estratégia mais branda no combate ao vírus, registou taxas de mortalidade por covid-19 muito mais altas do que o resto dos países nórdicos, mas os números têm vindo a diminuir progressivamente, especialmente ao longo do verão, aproximando-se aos números dos seus vizinhos.
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"Até agora não tivemos aquele aumento rápido que tem havido em partes da Europa, mas sim o contrário. Tivemos uma queda acentuada em julho e uma tendência de alta no início de agosto, mas estabilizámos e na semana passada houve um declínio", disse hoje o epidemiologista chefe da Agência de Saúde Pública sueca, Anders Tegnell.
A Suécia contabiliza hoje um total de 83.898 casos de covid-19, 171 a mais do que na quarta-feira, e três novas mortes, elevando o número provisório de mortos para 5.820, cinco vezes mais alto que a Dinamarca e onze a mais que a Noruega.
Nenhum país nórdico confinou a sua população, mas limitaram as interações sociais, enquanto a Suécia adotou um modelo diferente e manteve abertos, com algumas restrições, bares, restaurantes e escolas primárias.
O ensino presencial dos alunos mais velhos foi encerrado, mas já foi retomado, coincidindo com o início deste mês do novo ano letivo.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 826 mil mortos e infetou mais de 24,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.