Piratas do ar rendem-se e pedem asilo político
Avião líbio com 118 pessoas foi desviado para Malta. Todos os reféns foram libertados. Um dos sequestradores dizia ser pró-Kadhafi
Os piratas do ar que sequestraram e desviaram um avião líbio com 118 pessoas a bordo libertaram todos os passageiros e a tripulação e renderam-se, avançou o primeiro-ministro de Malta. Primeiro saíram as mulheres e crianças, mas depois começaram a sair também outros passageiros. Os dois sequestradores renderam-se em seguida.
Os dois homens pediram asilo político a Malta, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de união nacional (GNA) líbio. Taher Siala indicou que os piratas do ar queriam também anunciar a criação de um partido político pró-Khadafi.
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O A320 da companhia Afriqiyah Airways fazia um voo interno, de Sebha com destino a Trípoli, quando foi desviado para a pequena ilha de Malta, a 500 km da capital da Líbia. O avião ficou algumas horas imobilizado na pista, rodeado de tropas, enquanto decorreram as negociações.
Os dois piratas do ar ameaçavam fazer explodir o avião. O The Times of Malta avança que um dos homens diz ser pró-Kadhafi e afirma ter uma granada de mão, informação confirmada à Reuters por um deputado líbio - Hadi al-Saghir disse ainda ter sabido que os dois homens estão casa dos 20 e pertencem a um grupo étnico minoritário no país, os toubou.
Os sequestradores disseram também que estavam dispostos a libertar todos os passageiros, se as suas exigências fossem satisfeitas.
A bordo estavam, inicialmente, 111 passageiros (82 homens, 28 mulheres e um bebé) e sete tripulantes, também de acordo com o primeiro-ministro Joseph Muscat.
O The Times of Malta lembra que em 1985 o sequestro de um Boeing 737 da EgyptAir, que aterrou em Malta, terminou num banho de sangue. Há 31 anos, após 24 horas de pesadelo, comandos do Egito invadiram o aparelho e 62 pessoas morreram.
Devido ao incidente desta manhã, o aeroporto de Malta está fechado.
Em atualização