07 março 2016 às 17h27

Ataque de drone norte-americano faz 150 mortos em campo de treino da Al-Shabab

Os EUA tinham indicação de que o grupo terrorista somali preparava um "ataque a larga escala"

Reuters

Os Estados Unidos da América realizaram um ataque com drones durante este fim de semana que tinha como alvo um campo de treino do grupo terrorista islâmico Al-Shabab, na Somália. Mais de 150 pessoas, presumíveis combatentes terroristas, morreram no ataque com drones tripulados e não tripulados, anunciou esta segunda-feira o Pentágono.

"Foi um ataque bem-sucedido", disse o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, que acrescentou que os dados recolhidos pelos EUA indicavam que o grupo preparava um "ataque a larga escala" e representava uma ameaça para forças militares dos EUA e da União Africana na Somália. "Sabíamos que iam sair do campo de treino e que representavam uma ameaça iminente", acrescentou Jeff Davis. David rejeitou revelar informações mais específicas sobre o possível alvo pretendido do grupo Al-Shabab.

Davis disse que cerca de 200 combatentes estariam a treinar no campo de Raso na altura do ataque, e disse estar confiante de que não haveriam baixas civis. "O fim deste campo vai degradar a capacidade da Al-Shabab de concretizar os objetivos do grupo da Somália", afirmou.

O grupo Al-Shabab, com ligações à Al-Qaeda, foi expulso da capital Mogadíscio por forças da União Africana em 2011, mas permanece um forte antagonista na Somália, lançando ataques frequentes para tentar derrubar o governo apoiado pelo Ocidente.

O grupo, cujo nome significa "A Juventude", procura impor a sua versão rígida da lei sharia na Somália, onde frequentemente realiza ataques contra as forças de segurança e o governo, assim como hotéis e restaurantes na capital.

A Al-Shabab também foi responsável por ataques mortíferos no Quénia e no Uganda, dois países que contribuem com tropas para as forças da União Africana na Somália.