Homeland vai voltar, mas com quatro meses de atraso
A sexta temporada estreia-se em janeiro de 2017 e não na próxima rentrée televisiva. Esta é uma das novidades da série com Claire Danes
Os milhões de espectadores que estavam à espera da próxima rentrée televisiva para conhecer o futuro de Carrie Mathison em Homeland - Segurança Nacional vão ter de aguardar mais quatro meses do que se estava à espera. O Showtime anunciou nesta semana que a sexta temporada daquela que é uma das suas séries de maior sucesso só começa a ser gravada em agosto e, consequentemente, a emissão chegará aos ecrãs em todo o mundo apenas no início de 2017.
O "atraso" não é ocasional: o canal quis conceder mais tempo aos produtores e guionistas para que o argumento fosse aprimorado e o regresso da história de espionagem política se apresentasse com a máxima qualidade.
As novidades não se ficam por aqui. David Nevins, CEO do Showtime, revelou numa conferência com a imprensa norte-americana que estão a decorrer negociações - já em fase final - para a extensão da trama baseada no original israelita Hatufim por mais duas temporadas. "Estamos a chegar praticamente a acordo com a Fox 21 [Television Studios] para a produção de mais três anos de Homeland, já a contar com esta sexta temporada." Ou seja, o thriller psicológico que conta a história da agora ex-agente da CIA prolongar-se-á até, pelo menos, ao oitavo ano.
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Pelo menos porque, ainda de acordo com Nevins, esta é "uma série que está constantemente a reinventar-se". "A história não gira em torno de uma personagem [Mathison, interpretada por Claire Danes] com um percurso direto. Vai mudando de temporada para temporada. Mais do que qualquer outra, esta série tem o seu prazo de validade em aberto por causa do tema que aborda", explicou o presidente executivo do canal.
Olhando para os cinco anos já passados, David Nevins é capaz de ter razão. Desde a estreia, em 2011, que a ação de Homeland correu cinco territórios: Estados Unidos, Afeganistão, Paquistão, África do Sul e Alemanha. Prepara-se, com a próxima temporada, para regressar a solo norte-americano. Tanto em termos de gravações como no que diz respeito à ação.
Spoilers: o que já se sabe
Nevins já tinha anunciado, no início deste ano, durante a digressão da Associação de Críticos de Televisão, que a história de Segurança Nacional (vista por uma média de 1,6 milhões de pessoas nos Showtime) iria desenrolar-se em Nova Iorque. "Queríamos contar outra história na América. Para além disso, os atores vão ficar felizes por regressar aos EUA. Durante o último ano, houve um forte interesse em fazer uma história doméstica por parte da equipa criativa", justificou.
Agora, foi a vez do criador Alex Gansa acrescentar que a sexta temporada acontece meses depois do final da anterior e toda ela "entre o dia das eleições, em novembro, e a tomada de posse do novo" número um dos EUA, em janeiro, "durante o interregno em que se verifica uma frágil transferência de poderes entre o presidente que está de saída e o presidente eleito".
A viver no bairro de Brooklyn, a personagem de Claire Danes trabalha desta vez com uma organização que visa ajudar os muçulmanos a integrar-se na comunidade.
A série volta assim com novo tema atual, algo que tem sido seu apanágio desde sempre. Construída graças ao aconselhamento de vários peritos em assuntos de segurança interna, já abordou questões da privacidade e da proteção das comunicações e dados dos cidadãos - com a jornalista norte-americana Laura Sutton a personificar uma espécie de Edward Snowden -, a ameaça terrorista na Europa (e, claro, nos Estados Unidos) e o terror espalhado pelo Estado Islâmico em todo o Médio Oriente.
Já na vida real, mas graças à ficção, Claire Danes arrecadou entre 2011 e 2013 três Globos de Ouro, os galardões que premeiam o que de melhor se faz na televisão, pelo seu desempenho da ex-agente com uma vida atribulada pela sua condição bipolar, que muitas vezes prefere ignorar. No ano passado, a atriz esteve novamente nomeada para os mesmos prémios, tendo o Globo sido entregue a Taraji P. Henson, estrela maior de Empire.