A verve irreverente e contestatária que praticou nas lutas estudantis antifascistas e no Movimento da Esquerda Socialista (MES), de que foi um dos fundadores nos meses seguintes ao 25 de abril, transportou-a ao longo de toda uma vida dedicada ao jornalismo, onde António Ribeiro Ferreira se destacou como um jornalista "inteiro", de "enorme coragem", "alma de repórter" e uma "força viva na redação", de onde era geralmente o último a sair nos tempos em que os jornais fechavam já de madrugada, depois de um dia em que podia intercalar o grito fácil com a mais humana e sonora gargalhada. No Diário de Notícias, foi diretor-adjunto, entre 1996 e 2003, integrando a direção de Mário Bettencourt Resendes, num dos melhores períodos da história do jornal. António Ribeiro Ferreira morreu esta segunda-feira (27 de junho), aos 73 anos, vítima de doença oncológica.