- Frederico Sousa (treinador do Agronomia): "Em algumas fases do jogo estivemos por cima, porque fizemos aquilo que tínhamos planeado, mas depois faltou-nos algum ritmo e alguma clarividência e capacidade na tomada de decisão.
[Influência de jogar a final apenas agora e não em maio] Claro, é muito diferente jogar uma final após uma meia-final, em que se tem ritmo competitivo e vem num crescendo, do que num jogo no início da época, com poucas semanas de preparação e uma pré-época muito curta. O jogo deve ter sido horrível de se ver.
As coisas não correram muito bem nas fases táticas, tínhamos muitos jogadores com ritmos diferentes de jogo e isso notou-se. O Belenenses certamente teve também os seus constrangimentos e não há desculpas. Uma final é uma final e correu mal. Esperamos que este ano as coisas corram como nos últimos dois anos e que estejamos novamente disputar uma final.
Temos um grupo grande, com novos jogadores, com jovens que entraram cheio de energia e vontade. Tenho a certeza que no final do ano estaremos a lutar pelos lugares de cima. Há uma base para trabalhar".
- João Mirra (treinador do Belenenses): "Sem qualquer margem de insolência - porque respeito muito a instituição do Agronomia, que tem estado constantemente nos momentos de decisão -, acho que a final foi equilibrada um pouco por demérito nosso. Sabíamos que os níveis de ansiedade iam ser maiores, mas não fomos iguais a nós próprios. Não foi um jogo brilhante, mas tivemos o compromisso e a paixão. Isso é algo que temos desde o primeiro dia: dar tudo o que se tem com a cruz de Cristo ao peito.
[Sobre a confirmação no relvado do título inicialmente conquistado na secretaria] Não houve vingança nenhuma. Jogamos para nós, não jogamos contra ninguém. O desporto deve ser um espetáculo. Havia a motivação de confirmar no relvado todo o trabalho que fizemos desde o início do ano. Quando saiu a decisão na secretaria, ficámos de consciência tranquila, porque não estivemos envolvidos diretamente no que aconteceu. Somos um clube que cumpre as regras, mas ficou sempre um 'amargo'. Ganhar a final não é só o resultado, é um dia de festa, que aproxima o clube das pessoas e assim tinha ficado 'coxa'. Ficámos contentes por jogar.
O peso das vitórias é o peso da responsabilidade no dia a seguir. Não podemos dar menos de 100 por cento. Temos de seguir outros clubes, como o CDUL, o Direito e a Agronomia, que têm estado nos momentos de decisão.
[Perspetivas para a Supertaça] Não sei como está a equipa da Académica. De certeza que vai ser muito competitiva. É claramente um jogo de 50-50, até porque é uma fase inicial da época e as equipas não têm grandes pontos de avaliação".