Internacional
26 outubro 2022 às 13h37

Stoltenberg: "Força da Ucrânia na mesa de negociações depende de força no campo de batalha"

O secretário-geral da NATO considerou "um absurdo" a acusação do Kremlin a Kiev sobre suposta intenção de usar bomba suja.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, garantiu esta quarta-feira à tarde que os aliados vão manter o apoio militar à Ucrânia para encurtar o tempo até ao momento de Kiev e Moscovo se sentarem à "mesa das negociações".

Stoltenberg garantiu que os membros da Aliança Atlântica não se vão deixar demover pelas falsas alegações de Moscovo sobre um suposto ataque da Ucrânia ao próprio território.

"A NATO não será intimidada ou dissuadida de apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa durante o tempo que for necessário", garantiu Jens Stoltenberg, convicto de que "todas as semanas, as forças da Ucrânia tornam-se mais fortes e mais bem equipadas".

O secretário-geral da NATO criticou ainda as acusações do Kremlin, a propósito um suposto ataque ucraniano ao território russo com uma bomba suja, dizendo que não fazem qualquer sentido.

"Estamos assistir às acusações da Rússia a dizer que a Ucrânia prepara-se para usar uma bomba suja radioativa. Isto é absurdo. Os aliados rejeitam esta acusação descaradamente falsa", afirmou, considerando que "a Rússia não deve usar falsos pretextos para intensificar a guerra ainda mais".

Questionado sobre o que espera da evolução da guerra, Jens Stoltenberg, aponta as características imprevisíveis do confronto armado, mas fala em negociações.

"A maioria das guerras termina à mesa de negociações e, ao mesmo tempo, sabemos que aquilo que a Ucrânia pode conseguir à mesa de negociações depende totalmente da força no campo de batalha", afirmou, destacando o apoio que está a ser dado pelos aliados ocidentais.

"Temos de reforçar a posição da Ucrânia à mesa de negociações, dando apoio militar. É exatamente isso que os aliados da NATO estão a fazer para maximizar a probabilidade de um resultado aceitável para a Ucrânia e para encurtar o tempo até lá chegarmos", afirmou.