Soaram as sirenes em Kiev antes do início da cimeira Ucrânia-UE

Toda a Ucrânia, incluindo a capital, estava em alerta vermelho ao início da manhã, antes do início da cimeira Ucrânia-UE.

As sirenes que avisam a população para o risco de um ataque aéreo soaram esta sexta-feira em Kiev e em toda a Ucrânia, antes do início da cimeira Ucrânia-União Europeia, que reúne hoje altos funcionários ucranianos e representantes do executivo comunitário.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chegou à capital da Ucrânia, Kiev, na quinta-feira, com o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, entre os membros da sua comitiva, com o objetivo de promover o diálogo sobre a vontade da Ucrânia em se tornar um membro da UE. Na capital ucraniana também está o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Todas as regiões da Ucrânia estiveram, ao início da manhã, em alerta vermelho.

Antes de soarem as sirenes na Ucrânia, terão descolado da Bielorrússia duas aeronaves militares, AWACS A-50U e um MiG-31K, de acordo com o site de notícias ucraniano Glavcom.

Charles Michel garante apoio a Kiev em todo o processo de adesão à UE

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, assegurou, entretanto, que a União Europeia vai apoiar a adesão da Ucrânia em cada momento do processo, no mesmo dia em que está em Kiev para uma cimeira bilateral.

"Nada diminuirá a nossa determinação. Também vamos apoiar em cada momento a jornada [da Ucrânia] para aderir à EU", escreveu Charles Michel na rede social Twitter, pouco antes do início da cimeira entre a UE e a Ucrânia, em Kiev.

A cimeira acontece numa altura em que a Rússia está a intensificar a ofensiva, por isso, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia não se deslocaram a Kiev, como é habitual em outras cimeiras, e estão a ser representados por von der Leyen, Michel e o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Na cimeira deverão ser discutidos, essencialmente, dois tópicos: a adesão da Ucrânia ao bloco comunitário e o apoio financeiro e militar ao país.

A Ucrânia quer aderir à UE (é um país candidato desde o ano passado) até 2026, mas os líderes europeus deverão sinalizar que é impossível cumprir esse prazo. No entanto, é também expectável que a UE dê sinais claros quanto à intenção de integrar Kiev, através da inclusão no Mercado Interno da UE e nos países livres de 'roaming' nas telecomunicações.

Notícia atualizada às 10:04

Com Lusa

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