Polónia acusa Putin de construir novos campos de concentração
"Temos de nos defender, juntos e fortes, contra os criminosos que mais uma vez cometem genocídio na Europa Oriental", afirma o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, a propósito do Dia da Memória do Holocausto.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, acusou o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira, de construir "novos campos", numa declaração feita no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
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"Seis milhões - é esse o número de vítimas do Holocausto. Um terço desse número eram crianças. Uma grande parte das pessoas mortas eram cidadãos polacos", começa por dizer.
"Hoje, temos de nos defender, juntos e fortes, contra os criminosos que mais uma vez cometem genocídio na Europa Oriental. Por respeito às vítimas do Holocausto e sabedoria desta tragédia", acrescentou.
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"No dia da libertação do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau, recordemos que, a leste, Putin está a construir novos campos", escreveu ainda Morawiecki no Facebook, pedindo apoio para a Ucrânia: "Solidariedade e apoio consistente à Ucrânia são formas eficazes para garantir que a história não se repita", acrescentou.
Já em outubro, Zelensky falou de Olenivka como sendo "um campo de concentração onde os prisioneiros ucranianos são mantidos".
Investigadores da ONU também afirmaram ter documentado mais de 400 detenções arbitrárias e desaparecimentos por forças russas na Ucrânia.
A Polônia assinalou esta sexta-feira o 78.º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau no local do antigo campo na cidade de Oswiecim, no sul da Polônia.
Estiveram presentes líderes religiosos, sobreviventes do Holocausto e Douglas Emhoff, o marido judeu da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.
O museu de Auschwitz havia anunciado que a Rússia não fora convidada para as comemorações deste ano devido à "agressão contra uma Ucrânia livre e independente".
O museu denunciou a ofensiva russa como um "ato bárbaro".
Auschwitz-Birkenau tornou-se um símbolo do genocídio de seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, além de mais de 100 mil não-judeus.