Pequim recusou telefonema do chefe do Pentágono após abate de balão chinês nos EUA
"O nosso compromisso de manter os canais de comunicação abertos vai continuar", garantiu o porta-voz do Pentágono.
Pequim recusou no sábado um telefonema, proposto pelos Estados Unidos, entre o secretário da Defesa, Lloyde Austin, e o seu homólogo, Wei Fenghe, logo após a Força Aérea norte-americana ter derrubado o balão chinês, foi esta terça-feira divulgado.
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"O nosso compromisso de manter os canais de comunicação abertos vai continuar", garantiu, no entanto, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA (Pentágono), Pat Ryder.
Esta rejeição, divulgada em comunicado pelo Pentágono, confirma a deterioração das relações entre as duas principais potências mundiais, noticia a AFP.
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A China disse que se tratava de um balão de uso civil e acusou os Estados Unidos de "exagerarem" ao usarem a força.
"No sábado, logo após tomar medidas para derrubar o balão do Partido Comunista Chinês, o Departamento de Defesa [dos EUA] apresentou um pedido de ligação segura entre Austin e o ministro da Defesa chinês Wei Fenghe", detalhou Pat Ryder.
"As comunicações entre os nossos Exércitos são particularmente importantes em momentos como este. Infelizmente, o Partido Comunista Chinês recusou o nosso pedido", acrescentou.
A descoberta do balão no espaço aéreo dos EUA desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e levou à suspensão da viagem que Blinken tinha planeado fazer ao país asiático entre domingo e segunda-feira.
Depois de abaterem o dispositivo chinês no sábado, os Estados Unidos já recuperaram os primeiros destroços, mas Washington vincou que não existe qualquer intenção de os devolver à China.
A Colômbia anunciou também, no fim de semana, que um balão sobrevoou o seu território, informação confirmada por Pequim.