Exclusivo O longo caminho do historiador Fiala até à chefia do governo checo
Internamento do presidente atrasou a formação do executivo. Zeman teve ontem alta e devia designar hoje o novo primeiro-ministro, mas covid levou-o de volta ao hospital.
O caminho de Petr Fiala para a chefia do governo checo tem sido tudo menos fácil e ontem voltou a complicar-se. O presidente Milos Zeman teve alta do hospital, onde estava internado há 46 noites com doença hepática crónica, e devia designar hoje o líder do Partido Democrático Cívico (ODS, direita) como primeiro-ministro. O próximo passo do presidente seria ouvir cada um dos ministros escolhidos para o futuro governo que envolve duas alianças e cinco partidos, sendo que Zeman (centro-esquerda) tem direito de veto e tinha dito ter um problema com um deles. Mas horas depois de ter alta, o presidente voltou para o hospital, agora com covid-19, e cancelou tudo.
Fiala, antigo historiador e reitor da Universidade de Masaryk, tem 57 anos e já foi ministro da Educação, Juventude e Desportos. Oriundo de uma família conservadora católica de Brno, estreou-se na política como assessor para a Ciência há dez anos, passando rapidamente a ministro em 2012. Eleito deputado como independente um ano depois, juntou-se ao ODS que vinha de uma pesada derrota eleitoral, vencendo já em 2013 as eleições internas para liderar o partido.