Negacionista de massacre em escola nos EUA condenado a pagar 965 milhões de dólares
Apresentador de rádio e fundador de um site de teorias da conspiração tinha afirmado que o tiroteio ocorrido na escola primária de Sandy Hook, em 2012, havia sido uma farsa.
Alex Jones, negacionista de um dos maiores massacres ocorridos nos Estados Unidos, foi condenado a pagar quase mil milhões de dólares por ter afirmado que o tiroteio ocorrido na escola primária de Sandy Hook, em 2012, havia sido uma farsa.
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Após três dias de deliberações, um júri do estado americano de Connecticut determinou o pagamento de 965 milhões de dólares (cerca de 994 milhões de euros) aos familiares de oito vítimas e a um agente do FBI que abriu um processo de difamação.
Fundador do site InfoWars e apresentador de um programa de rádio popular, Jones foi declarado responsável em vários processos por difamação movidos pelos pais das vítimas do tiroteio de Newtown, no estado do Connecticut, que provocou a morte a 20 crianças e seis professores.
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Jones, 48 anos, afirmou durante anos no seu programa que o tiroteio na escola havia sido "uma montagem" de defensores do controlo de armas, e que os pais das vítimas eram atores, mas reconheceu posteriormente que o caso havia sido "100% real".
Um júri do Texas ordenou no mês passado que Jones pagasse quase 50 milhões de dólares a Neil Heslin e Scarlett Lewis, cujo filho de seis anos foi morto pelo atirador de 20 anos responsável pelo massacre na escola.
O InfoWars declarou falência em abril, assim como outra empresa de Jones, a Free Speech Systems, o fez recentemente.
O Infowars foi fundado em 1999 e desde essa altura tem defendido teorias como a de que o 11 de Setembro de 2001 (o ataque às Torres Gémeas em Nova Iorque em que morreram cerca de três mil pessoas e mais de seis mil ficaram feridas) foi encenado pelo governo norte-americano. Tal como a tese de que o massacre de Sandy Hook (em que um atirador matou 20 crianças e oito adultos) foi forjado pela extrema-esquerda.