Exclusivo Não há Carnaval no país do Carnaval

O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, que se iniciou em 1932 e não parou nem na segunda guerra mundial, não se realiza. O das ruas, que nem a Gripe Espanhola de 1918 cancelou, idem. "Devastador", "brutal", "tristeza", dizem especialistas e protagonistas ao DN. Estimados 1,5 mil milhões de euros de prejuízo

O Brasil vai viver em 2021 a inédita situação de não ter Carnaval - nem na semana em que era suposto gozá-lo, nem talvez em nenhuma outra de mais um ano anormal. Especialistas no mais famoso de todos eles, o Carnaval do Rio de Janeiro, e uma protagonista do segundo desfile mais grandioso, o de São Paulo, classificam a situação como "devastadora", "brutal" e de "enorme tristeza". Nem a Segunda Guerra Mundial, de 1939 a 1945, ou a gripe espanhola, de 1918 e 1919, conseguiram mutilar uma parte da identidade brasileira - a covid-19 conseguiu. As máscaras neste ano são outras.

"O Carnaval do Rio está cancelado, proibido, as escolas de samba e os blocos de rua já anunciaram que não vão desfilar sem vacina, a prefeitura já anunciou que vai coibir blocos clandestinos, então não há Carnaval, é uma situação inédita", resume Anderson Baltar, jornalista especializado em Carnaval carioca. "O desfile foi criado em 1932 e nunca deixou de acontecer, nem durante a segunda guerra [na qual o Brasil participou do lado dos aliados], por isso, 2021 é o primeiro ano da história sem desfile, acrescenta o jornalista escritor e pesquisador de Carnaval Aydano André Motta.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG