Exclusivo Morte de Tyre Nichols obriga a repensar racismo e violência policial nos EUA

Tanto a vítima como os cinco agentes que o agrediram eram negros, reforçando a ideia de que o racismo é sistémico. Funeral é esta quarta-feira.

Quando um homem negro morre nos EUA às mãos de polícias brancos é fácil falar em racismo e violência policial, mas quando os agentes responsáveis pelas agressões são também negros, o debate complica-se. "Torna-se mais difícil de engolir. Porque eles são negros e sabem o que passamos", disse RowVaughn Wells, citada pelo The Washington Post. A morte do seu filho, Tyre Nichols, reacendeu o debate sobre racismo sistémico nas forças da ordem norte-americanas. O funeral é hoje, com o elogio fúnebre a ser feito pelo famoso ativista Al Sharpton.

Nichols, de 29 anos, foi parado pela polícia de Memphis após uma alegada violação de trânsito (estaria a conduzir do lado errado da estrada). Os agentes insistiram para que saísse do carro e se deitasse no chão, ele deitou-se de lado e disse que só queria ir para casa. Quando os agentes usaram gás pimenta acabou por se levantar na confusão e fugir, sendo disparado um taser (que não parece atingi-lo). Quando foi apanhado de novo, foi pontapeado e espancado já no chão, incluindo na cara, enquanto gritava pela mãe. Acabaria por morrer no hospital, três dias depois, a 10 de janeiro.

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