De Biden e Zelensky a Marcelo e Costa. As reações à vitória de Lula
O primeiro-ministro português, que tinha manifestado apoio ao candidato do PT, encara futuro com entusiasmo. A nível mundial, destaque para a reação do presidente dos EUA, que disse querer trabalhar com Lula da Silva na "cooperação entre os dois países" e a UE que espera trabalhar com Lula para "enfrentar os desafios globais".
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, felicitaram Lula da Silva pela vitória nas eleições presidenciais brasileiras.
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António Costa, que tinha manifestado apoio ao candidato do PT, disse encarar com entusiasmo o trabalho conjunto do próximos meses.
Já tive a oportunidade de felicitar calorosamente @LulaOficial pela sua eleição como Presidente da República do Brasil. Encaro com grande entusiasmo o nosso trabalho conjunto nos próximos anos, em prol de #Portugal e do #Brasil, mas também em torno das grandes causas globais.
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Na página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa também felicita Lula da Silva, manifesta a "certeza de que o mandato, que vai iniciar em janeiro próximo, corresponderá a um período promissor nas relações fraternais entre os povos brasileiro e português e por isso também entre os dois Estados".
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, assinalou a vitória de Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras com apenas duas palavras, "Parabéns, Brasil", escritas numa mensagem publicada na sua conta na rede social Twitter.
Parabéns, #Brasil.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, saudou o povo brasileiro pela eleição do novo presidente e pelo "exemplo democrático", afirmando Portugal como "um parceiro e aliado" do Brasil.
"Saudações ao povo brasileiro pela eleição do novo presidente da República Lula da Silva. Parabéns pelo exemplo democrático! Portugal é e sempre será um parceiro e um aliado ativo e empenhado do Brasil", lê-se numa publicação na página do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede Twitter, acompanhado pelos 'emojis' das bandeiras portuguesa e brasileira e um aperto de mãos.
Saudações ao povo brasileiro pela eleição do novo Presidente da República @LulaOficial. Parabéns pelo exemplo democrático! Portugal é e sempre será um parceiro e um aliado ativo e empenhado do Brasil.
O líder do PSD, Luís Montenegro, também publicou uma mensagem de felicitações dirigida ao povo brasileiro e a Lula da Silva pela sua vitória e desejou que o Brasil inicie agora uma nova etapa de desenvolvimento e paz social.
"Saúdo todo o povo brasileiro e o presidente eleito, Lula da Silva, expressando o nosso profundo desejo de que a partir de hoje o país inicie uma nova etapa de desenvolvimento, conciliação e paz social", escreveu Luís Montenegro, em nome do PSD, na sua conta na rede social Twitter.
Saúdo todo o povo Brasileiro e o Presidente eleito, @LulaOficial, expressando o nosso profundo desejo de que a partir de hoje o país inicie uma nova etapa de desenvolvimento, conciliação e paz social.
PCP. Vitória de Lula é "importante revés" para crescimento da extrema-direita
O PCP considerou que a vitória de Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro é um "importante revés para o crescimento da extrema-direita e do fascismo".
Em comunicado, a direção comunista "saúda a eleição de Lula da Silva como Presidente do Brasil e sublinha a grande importância e significado político da derrota do candidato da extrema-direita", Jair Bolsonaro.
"É uma vitória que significa um importante revés para o crescimento da extrema-direita e do fascismo, nomeadamente nos Estado Unidos da América e na Europa, e que aponta para a recuperação do papel positivo do Brasil nas relações internacionais", sustenta o PCP.
A eleição do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda) foi "alcançada no quadro de uma campanha em que Bolsonaro e os apoiantes - desde a utilização de fundos públicos, coação nos locais de trabalho, manipulação da religião, violência armada - recorreram a tudo para se manter no poder".
O resultado de Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais "abre caminho à satisfação das mais sentidas aspirações populares", prosseguem os comunistas, e "suscita justificadas esperanças e expectativas de mudança, mas os obstáculos que o novo Governo tem por diante são gigantescos".
Contudo, com Presidência de Lula da Silva será possível "frustrar previsíveis tentativas revanchistas e assegurar a concretização das promessas eleitorais", finaliza a direção do PCP.
Já o presidente do Chega, André Ventura, manifestou tristeza pela vitória de Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras, mas pediu que no Brasil se evite a violência ou a perturbação da ordem constitucional.
"Que tristeza. Um país irmão rendido a um candidato corrupto e ex-presidiário", escreveu o presidente do Chega na rede social Twitter.
"Hoje é um dia muito triste para a lusofonia, mas queria apelar a todos para que se evite violência ou a perturbação da ordem constitucional. Dói sempre perder para a extrema-esquerda, a vida continua", acrescentou.
Que tristeza! Um país irmão rendido a um candidato corrupto e ex-presidiário.
Hoje é um dia muito triste para a lusofonia, mas queria apelar a todos para que se evite violência ou a perturbação da ordem constitucional. Dói sempre perder para a extrema-esquerda, a vida continua!
O partido Livre congratulou-se com a vitória de Lula da Silva e com a unidade dos democratas deste país para derrotar o "bolsonarismo autoritário".
"Nesta eleição, os democratas brasileiros souberam unir-se para derrotar o bolsonarismo autoritário, mas os próximos anos serão cheios de desafios", refere em comunicado o Livre, partido representado na Assembleia da República pelo deputado Rui Tavares.
Para o Livre, o primeiro grande desafio de Lula da Silva como presidente eleito do Brasil "é o da reunificação, travando a violência e fomentando a paz social que ofereça ao país a estabilidade necessária para o seu desenvolvimento, como no combate à pobreza e aos ataques ambientais".
O Brasil, na perspetiva do Livre, "é hoje um país dividido e o mandato presidencial terá de ter em conta os resultados do Senado Federal e Câmara dos Deputados".
"Mas a vitória de Lula da Silva é um momento de esperança e cria uma oportunidade de reconciliação num caminho que desejamos que seja de desenvolvimento sustentável, socialmente coeso e de reforço da democracia", sustenta-se.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, felicitou o Brasil e Lula da Silva pela vitória."Parabéns Brasil. Parabéns @LulaOficial", escreveu a líder do BE no Twitter.
Mais tarde, já esta segunda-feira, a deputada do BE Joana Mortágua considerou o resultado das eleições no Brasil "uma vitória da democracia" importante "para a paz mundial", sublinhando o "desafio imenso" que terá Lula da Silva e o "silêncio preocupante" de Jair Bolsonaro.
"Esta vitória de Lula da Silva é uma vitória da democracia. Não apenas no Brasil, mas no mundo, aqueles que apoiaram Trump, aqueles que seguem a linha de Trump, todos os que representam estas correntes 'trumpistas' de extrema-direita têm vindo a ser derrotados", afirmou Joana Mortágua em declarações aos jornalistas.
Para a dirigente bloquista, esta vitória "é importante para que se possa respirar melhor, para que o combate às alterações climáticas se faça, para que as mulheres estejam mais seguras, para que a comunidade LGBTI esteja mais segura", considerando que este resultando é importante para "a paz mundial".
"Vemos com preocupação o silêncio de Jair Bolsonaro. É preciso ter em conta que as eleições ontem ocorreram com uma tentativa por parte das forças apoiantes de Bolsonaro de impedir que os eleitores, sobretudo no Nordeste, chegassem às urnas", referiu.
Apesar deste "silêncio preocupante", Joana Mortágua mostrou convicção "de que as instituições brasileiras terão força para resistir a qualquer tentativa ou devaneio", considerando que "a democracia brasileira é forte o suficiente para aceitar este resultado e construir o futuro com prioridades que são muito claras".
A deputada do BE destacou ainda as prioridades que Lula da Silva deixou no seu discurso de vitória, como a necessidade de "unir o país", "acabar com a fome no Brasil", proteger a Amazónia "de todos os ataques que sofreu nos últimos anos" e "relançar a imagem e o papel do Brasil no mundo".
"O presidente Lula vai ter um desafio imenso. Tem um congresso que lhe é hostil, um senado que lhe é hostil, muitos governadores e governos estaduais que lhe são hostis. É uma tarefa difícil que terá certamente que ser apoiada na capacidade de mobilização democrática e popular, essa que lhe deu a vitória", alertou, considerando que esse processo se fará com "o resultado de políticas públicas" em "tudo aquilo que Bolsonaro não fez".
Alertando que "o bolsonarismo não acaba no dia a seguir às eleições" e recordando os "milhões e milhões de pessoas que votaram em Bolsonaro", a bloquista antecipou que "vai ser preciso desconstruir pouco a pouco esse ódio que divide o Brasil".
Joana Mortágua espera "uma nova fase da relação entre o Brasil e o mundo".
"Acho que uma relação com um governo democrático em todas as suas dimensões é sempre muito mais saudável do que quando do outro lado está um homem que devia ser julgado por genocídio, por vários tipos de genocídio, desde o povo indígena até à maneira como lidou com a pandemia, um negacionista", enfatizou.
A líder do PAN considerou que os eleitores brasileiros deixaram claro que não queriam "continuar com o autoritarismo" que "Bolsonaro personifica" ao dar a vitória a Lula da Silva nas eleições presidenciais do Brasil.
"O Brasil deixou claro que não quer continuar com o autoritarismo e a cultura do ódio que Bolsonaro personifica", afirmou Inês de Sousa Real em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.
Numa reação à vitória de Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, no domingo, a deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza cumprimentou o vencedor e defendeu que "este é um resultado eleitoral que não pode ser indiferente a todas as democracias da comunidade internacional".
"Portugal, enquanto país irmão, deve congratular o Brasil por ter feito esta viragem, ainda que nenhum dos candidatos fosse um candidato que apoiássemos e bem sabendo os desafios que o Brasil tem pela frente", afirmou a porta-voz do PAN.
Inês de Sousa Real defendeu que "é fundamental que Lula da Silva e, tendo em conta também as suas palavras e o compromisso agora firmado, possa comprometer-se com três eixos essenciais": "a recuperação socioeconómica do povo brasileiro", "a recuperação da floresta amazónica" e o "combate à corrupção".
"Esta é uma sombra que impende sobre o mandato de Lula da Silva, não nos podemos esquecer que é muito importante que, decorrente até da Operação Lava Jato, a lei anticorrupção que está em vigor possa ser implementada e que haja mais transparência durante a sua governação, para mostrar que há de facto aqui uma viragem no Brasil em matéria de política não só social mas também de justiça", salientou.
A líder do PAN espera também que o novo presidente do Brasil possa "trazer um Brasil mais coeso, mais igualitário, mais pacificado".
Aos jornalistas, Inês de Sousa Real fez questão também de repudiar "o silêncio de Bolsonaro" e considerou que durante o seu mandato houve um "claro retrocesso nas políticas sociais, no combate à pobreza", uma gestão "absolutamente desastrosa" da pandemia, além de "retrocessos em relação à proteção da floresta da Amazónia".
UE espera cooperação nos desafios globais
A União Europeia felicitou o novo presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e considerou que as eleições deste domingo, "pacíficas e bem organizadas", demonstraram "a solidez das instituições brasileiras e da sua democracia".
"A União Europeia elogia em particular o Tribunal Eleitoral pela forma eficaz e transparente como conduziu o seu mandato constitucional ao longo de todas as fases do processo eleitoral, demonstrando mais uma vez a solidez das instituições brasileiras e da sua democracia", lê-se numa declaração escrita do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, divulgada após ser declarada a vitória de Lula da Silva nas presidenciais brasileiras deste domingo.
Brazilian citizens went to the polls to elect their new president in a peaceful and well-organised election
Parabéns @LulaOficial on your election!
I look forward to working together & advancing EU-Brazil relations with your government, and with new Congress & State authorities https://t.co/JgSthRYGT9
Os brasileiros foram votar para eleger um novo Presidente "em eleições pacíficas e bem organizadas", escreveu Josep Borrell.
O chefe da diplomacia europeia sublinhou que a União Europeia (UE) e o Brasil têm "uma parceria estratégica" longa e baseada "em valores partilhados e no respeito pela democracia, Direitos Humanos e estado de direito".
"Estamos empenhados em aprofundar e alargar a nossa relação com o Brasil em todas as áreas de interesse mútuo, incluindo o comércio, o ambiente, as alterações climáticas e a agenda digital, em benefício dos nossos cidadãos", acrescentou o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, congratularam Lula da Silva e afirmaram esperar cooperação nos "desafios globais".
"Parabéns, Lula da Silva, pela sua eleição como presidente do Brasil. Estou ansiosa por trabalhar consigo para enfrentar os desafios globais prementes, desde a segurança alimentar ao comércio e às alterações climáticas", escreveu Ursula von der Leyen, numa reação publicada na rede social Twitter.
Congratulations, @LulaOficial, on your election as President of Brazil.
I look forward to working with you to address pressing global challenges, from food security to trade and climate change.
Também hoje de manhã, Charles Michel saudou o eleito do Partido dos Trabalhadores, de esquerda, destacando que "os brasileiros escolheram pela mudança".
"A UE está empenhada em cooperar nos desafios globais, [como] paz e estabilidade, prosperidade e alterações climáticas, e vamos trabalhar com toda a região. Espero poder felicitá-lo pessoalmente em breve", adiantou o presidente do Conselho Europeu.
"Estou ansioso por trabalhamos juntos", diz o presidente dos EUA
O presidente norte-americano, Joe Biden, deu os parabéns Lula da Silva para a Presidência do Brasil, manifestando empenho em "continuar a cooperação" entre os dois países.
"Envio as minhas felicitações a Luiz Inácio Lula da Silva pela sua eleição para ser o próximo Presidente do Brasil, após eleições livres, justas e credíveis", afirma o chefe de Estado norte-americano, numa declaração divulgada esta noite.
"Estou ansioso por trabalhamos juntos para continuar a cooperação entre os nossos dois países nos próximos meses e anos", acrescenta o Presidente dos Estados Unidos da América, na mesma nota.
I send my congratulations to Luiz Inácio Lula da Silva on his election to be the next president of Brazil following free, fair, and credible elections. I look forward to working together to continue the cooperation between our two countries in the months and years ahead.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, refere que a vitória do presidente eleito da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é "uma nova página na história do Brasil".
"Juntos, vamos unir forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o laço de amizade entre os nossos dois países", afirmou o chefe de Estado francês, que deus os parabéns pela vitória ao presidente eleito Lula da Silva no Twitter.
Parabéns, caro @Lulaoficial, por sua eleição que dá início a um novo capítulo da história do Brasil. Juntos, vamos unir nossas forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o vínculo de amizade entre nossos dois países.
O primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, disse que o Brasil escolheu "o progresso e a esperança" ao dar a vitória a Lula da Silva nas eleições presidenciais deste domingo.
Parabéns, @LulaOficial, pela vitória nesta eleição na que o Brasil decidiu torcer pelo progresso e a esperança.
Vamos trabalhar juntos pela justiça social, a igualdade e contra as mudanças climáticas.
Seu sucesso vai ser do povo brasileiro.#BrasilDaEsperança
O novo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, expressou hoje a sua vontade em trabalhar com o futuro presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem felicitou pela vitória nas eleições de domingo.
"Parabéns a Lula pela sua vitória eleitoral no Brasil", escreveu Sunak na rede social Twitter, citado pela agência francesa AFP.
Congratulations to @LulaOficial on his victory in Brazil"s election.
I look forward to working together on the issues that matter to the UK and Brazil, from growing the global economy to protecting the planet"s natural resources and promoting democratic values.
Zelensky escreve em português para dar os parabéns a "um amigo de longa data da Ucrânia"
"Aguardo com expectativa o nosso trabalho conjunto em questões que interessam ao Reino Unido e ao Brasil, desde o crescimento da economia global à proteção dos recursos naturais do planeta e à promoção dos valores democráticos", acrescentou o líder conservador britânico.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, escreveu em português na mensagem que partilhou na rede social Twitter para dar os parabéns ao candidato do PT.
"Confio numa colaboração ativa com amigo da Ucrânia de longa data e no reforço da parceria estratégica - para assegurar democracia, paz, segurança e prosperidade na Ucrânia, no Brasil e no mundo inteiro!", lê-se no texto que publicou na rede social.
Parabéns a @LulaOficial com vitória nas eleições presidenciais no Brasil.
Confio numa colaboração ativa com amigo da Ucrânia de longa data e no reforço da parceria estratégica - para assegurar democracia, paz, segurança e prosperidade na Ucrânia, no Brasil e no mundo inteiro!
Putin felicita Lula e quer "cooperação construtiva"
O presidente da Rússia felicitou Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu o desenvolvimento de uma "cooperação construtiva", disse o Kremlin.
"Por favor, aceite as minhas sinceras felicitações (...) Os resultados das eleições confirmaram a sua grande autoridade política. Espero que, fazendo esforços conjuntos, asseguremos um maior desenvolvimento da cooperação construtiva russo-brasileira em todas as áreas", disse Vladimir Putin, numa mensagem enviada a Lula da Silva, de acordo com a presidência russa.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, falou numa vitória para a democracia e para o clima.
A eleição "realizou-se de forma transparente e justa e, especialmente neste momento, isto é muito importante para a confiança na democracia e no Estado de direito", disse Baerbock durante uma visita ao Cazaquistão, citada pela agência francesa AFP.
A também dirigente dos Verdes alemães considerou que o "outro grande vencedor é o clima global".
"Esta decisão dos eleitores brasileiros dá esperança de que o desmatamento ilimitado na floresta tropical brasileira chegue brevemente ao fim e que o Brasil se torne novamente uma força motriz contra a crise climática", acrescentou Baerbock.
O chanceler alemão, o social-democrata Olaf Scholz, também felicitou Lula da Silva na rede social Twitter, apelando para a "estreita cooperação" entre os dois países, especialmente na "área do comércio e da proteção climática".
"Um tempo de esperança e futuro" está a começar na América Latina, diz presidente argentino
O líder cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou o regresso da "justiça social" ao país sul-americano.
"Querido irmão Lula, felicito-o em nome do governo e do povo cubano, que celebra a sua grande vitória em favor da unidade, da paz e da integração latino-americana e caribenha. Conte sempre com Cuba", escreveu Díaz-Canel na rede social Twitter.
"Cuba felicita-o, caro camarada. Atrasaram a sua vitória com métodos atrozes, mas não o puderam impedir de vencer com o voto do povo. Lula volta, volta o Partido dos Trabalhadores do Brasil, volta a justiça social", acrescentou o líder cubano.
#LulaPresidente2022. #Cuba te felicita, querido compañero. Atrasaron tu victoria con métodos atroces, pero no pudieron impedir que vencieras con el voto del pueblo. Regresa @LulaOficial, regresa el @ptbrasil, regresará la justicia social. pic.twitter.com/TuQT0KIFYG
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que "um tempo de esperança e futuro" está a começar na América Latina.
"Aqui tem um parceiro com quem trabalhar e sonhar grande para a boa vida dos nossos povos", afirmou o Presidente argentino na mensagem deixada na rede social Twitter, na qual publicou uma foto com aquele que foi o presidente do Brasil entre 2003 e 2010, Lula da Silva.
O chefe de Estado argentino recordou as "injustiças" vividas por Lula, depois das quais foi mais uma vez eleito pelo povo do Brasil e "a democracia triunfou".
O chefe de Estado argentino concluiu com a frase: "a América Latina sonha".
Por seu turno, a vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández, agradeceu a Lula da Silva por devolver "a alegria e a esperança" à região com a sua vitória.
¡Felicitaciones @LulaOficial! Tu victoria abre un nuevo tiempo para la historia de América Latina. Un tiempo de esperanza y de futuro que empieza hoy mismo.
Acá tenés un compañero para trabajar y soñar a lo grande el buen vivir de nuestros pueblos. pic.twitter.com/ozfyBVpk4f
A China deu, esta segunda-feira, os parabéns Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória, acrescentando que está disposta a trabalhar com o novo líder, visando elevar as relações bilaterais para um "novo nível".
"A China dá os sinceros parabéns a Lula da Silva. Esperamos que o Brasil alcance novas conquistas, na sua tarefa de continuar a construir o país", disse o porta-voz chinês Zhao Lijian, em conferência de imprensa.
"Estamos dispostos a trabalhar com o novo governo brasileiro, liderado por Lula da Silva, para elevar as relações a um novo patamar, visando alcançar benefícios para ambos os países e povos", acrescentou o porta-voz chinês.
A relação entre Pequim e Brasília arrefeceu durante o mandato de Bolsonaro, que assumiu o poder com a promessa de reformular a política externa brasileira, com uma reaproximação aos Estados Unidos, e pondo em causa décadas de aliança com o mundo emergente. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Ernesto Araújo, que foi entretanto substituído, adotou mesmo uma retórica hostil face à China.
Lula, presidente entre 2003 e 2010, hospedou a primeira reunião do grupo BRICS (então formado por Brasil, Rússia, Índia e China) em 2009.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral a passar de 9 mil milhões de dólares, em 2004, para 135 mil milhões, em 2021.
Entre 2007 e 2020, a China investiu, no total, 66 mil milhões de dólares no Brasil.
Notícia atualizada às 13:25