Lula diz que morte de meio milhão de pessoas no Brasil é genocídio
O ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva qualificou como genocídio a morte de meio milhão de pessoas no país por covid-19, fasquia superada este sábado
"500 mil mortos por uma doença que já tem vacina, num país que já foi uma referência mundial em vacinação, isto tem um nome e é genocídio", afirmou Lula da Silva nas redes sociais.
Relacionados
O líder do Partido dos Trabalhadores manifestou a sua solidariedade ao povo brasileiro, perante o silêncio do Presidente Jair Bolsonaro sobre os números. Esta semana, Jair Bolsonaro, negacionista, voltou a afirmar que o contágio é mais eficaz do que a vacinação.
De acordo com o balanço oficial divulgado, o Brasil totaliza 500.800 mortes por covid-19 desde o início da pandemia, das quais 2.301 foram registadas nas últimas 24 horas.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Antes da publicação das estatísticas oficiais, um consórcio de meios de comunicação social, que efetua uma contabilidade paralela à do Ministério da Saúde brasileiro, tinha mencionado um total de 500.022 mortos.
Ainda segundo o balanço oficial, o país totaliza 17.883.750 infeções, das quais 82.288 registadas hoje. Desde o início da pandemia, 16.183.849 doentes recuperaram.
"Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar o cenário que nos devasta desde há mais de um ano", reagiu o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, lamentou que, ao invés, não seja realçado o número de doses de vacinas administradas (86 milhões) ou de doentes curados.
"O tom é sempre 'quanto pior, melhor'. Infelizmente, eles apoiam o vírus", afirmou, numa referência a "políticos, artistas e jornalistas".
Os dados confirmam que o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por covid-19, depois dos Estados Unidos (601.500), e o terceiro com mais casos de infeção com o novo coronavírus, depois dos EUA (33,5 milhões) e da Índia (29,8 milhões).
A situação epidemiológica voltou a acelerar e vários especialistas admitem que o Brasil está à beira de uma terceira vaga pandémica.