Exclusivo Franceses indecisos face a uma dúzia de candidatos ao Eliseu
A primeira volta das presidenciais começou ontem nos territórios de além-mar. Macron e Le Pen favoritos para chegarem à segunda volta, como aconteceu em 2017.
Uma campanha atípica e em segundo plano devido à guerra na Ucrânia terminou com o presidente e candidato a segundo mandato ao ataque a Marine Le Pen, em ascensão nas sondagens. Em entrevista ao Le Parisien, Emmanuel Macron acusou a candidata da extrema-direita de ser "racista", de "mentir ao povo" quando promete medidas de apoio social que não poderá cumprir e ainda de "ser condescendente" e de depender financeiramente de Vladimir Putin.
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Se é verdade que os candidatos da segunda volta de há cinco anos são de novo os favoritos para se enfrentarem no tira-teimas de dia 24, não é menos que há uma grande margem de eleitores indecisos (segundo uma sondagem publicada na quinta-feira, um terço dos eleitores não sabia em quem votar) e prevê-se também uma abstenção recorde, o que dá margem para surpresas. "Diz-se que foi uma campanha estranha, em que nada ficou retido. Não há muitas pessoas que possam atribuir uma frase ou uma medida que se destaque dos candidatos", comenta a jornalista Anne Bourse, da France Télévisions.