Embaixada da Ucrânia na Grécia recebe pacote ensanguentado
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou que, no total, foram "notificados 33 casos de ameaças em 17 países", assim como "uma tentativa de ataque terrorista, duas minas terrestres, um caso de vandalismo, uma ameaça por carta e 28 pacotes suspeitos".
A embaixada ucraniana em Atenas recebeu um "pacote ensanguentado", revelaram esta segunda-feira as autoridades de Kiev, num incidente semelhante aos registados no último mês em mais de uma dúzia de missões diplomáticas do país no estrangeiro.
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O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko, disse na rede social Facebook que o pacote chegou esta manhã e indicou que o remetente "é o mesmo que os outros envelopes" enviados para outras embaixadas e consulados ucranianos no estrangeiro: "um concessionário Tesla na cidade alemã de Sindelfingen".
"O endereço do remetente é o mesmo dos outros envelopes que chegaram anteriormente. A polícia grega abriu uma investigação sobre o assunto", disse o porta-voz.
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Nikolenko acrescentou que "no total, foram agora notificados 33 casos de ameaças em 17 países. Uma tentativa de ataque terrorista, duas minas terrestres, um caso de vandalismo, uma ameaça por carta e 28 pacotes suspeitos".
O porta-voz da recordou as palavras do Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dmytro Kuleba: "por muito que os inimigos tentem intimidar a diplomacia ucraniana, não serão bem sucedidos porque estamos a trabalhar pela vitória".
Também em Portugal, a embaixada da Ucrânia em Lisboa recebeu no passado dia 5 de dezembro dois envelopes suspeitos e chamou a PSP, que se deslocou ao local com meios da Unidade Especial de Polícia, mas não encontrou explosivos.
A correspondência investigada continha vestígios de sangue animal e olhos de animais.
Estes episódios ocorrem depois de em Espanha terem sido enviadas seis cartas armadilhadas, a primeira das quais a 24 de novembro para o Palácio da Moncloa (sede do Governo espanhol) e dirigida ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.