China pronta para neutralizar qualquer provocação no estreito de Taiwan
Aviso surge depois das "tentativas do Partido Progressista Democrático (PPD)" de estabelecer paralelos "entre a questão da Ucrânia e a questão de Taiwan".
As Forças Armadas chinesas estão "prontas para neutralizar qualquer provocação que desestabilize o estreito de Taiwan e prejudique os interesses chineses", disse hoje o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian.
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O porta-voz do Ministério fez estas declarações em resposta às "tentativas do Partido Progressista Democrático (PPD)" de estabelecer paralelos "entre a questão da Ucrânia e a questão de Taiwan".
O PPD, atualmente no poder em Taiwan, é pró-independência da ilha, tendo a China ameaçado usar força, caso Taipé declare formalmente a independência.
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As declarações de Wu também pretendem responder "à especulação" de "alguns políticos dos Estados Unidos" sobre "a ameaça militar" representada pela China, de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
Wu rejeitou qualquer comparação entre a Ucrânia e Taiwan: "Taiwan não é a Ucrânia. A questão de Taiwan é um assunto interno da China, que não tolera qualquer interferência estrangeira".
Na semana passada, o Ministério da Defesa de Taiwan confirmou a passagem de um porta-aviões do Exército chinês pelo estreito de Taiwan, horas antes de os Presidentes da China e dos Estados Unidos, Xi Jinping e Joe Biden, respetivamente, se reunirem por videoconferência.
O contratorpedeiro norte-americano USS Ralph Johnson tinha também passado pelo estreito de Taiwan, no dia anterior, no que Pequim considerou "uma provocação".
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, depois da derrota na guerra civil frente aos comunistas.
A ilha é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e aliado, no caso de guerra com Pequim.