Biden pronto para falar com Putin "se ele quiser acabar com a guerra"
Em Washington, presidentes norte-americano e francês prometeram continuar a ajudar a Ucrânia enquanto for necessário
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse esta quinta-feira que estaria disposto a falar com Vladimir Putin pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia se o líder russo realmente quiser acabar com a guerra.
Relacionados
Biden falava durante uma visita de Estado do presidente francês, Emmanuel Macron, que disse que falará novamente com Putin após a sua viagem a Washington e alertou contra a exclusão do líder russo.
Em conferência de imprensa conjunta com Macron, Biden disse que não tinha planos imediatos de entrar em contacto com o presidente russo, mas deixou em aberto a possibilidade. "Estou preparado para falar com o Sr. Putin se de fato houver interesse dele em procurar uma maneira de acabar com a guerra. E ele ainda não mostrou isso", disse Biden.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Se for esse o caso, nas consultas com os meus amigos franceses e da NATO, ficarei feliz em sentar-me com Putin para ver o que ele tem em mente."
Cerrando fileiras, Biden e Macron prometeram apoio de longo prazo à Ucrânia na luta contra os invasores russos.
"Há uma maneira de esta guerra terminar - a maneira racional. Putin sair da Ucrânia, número um. Mas parece que não quer isso", disse Biden. "Bombardear creches, hospitais, orfanatos. É doentio o que ele está a fazer", disse o líder norte-americano.
"A ideia de que Putin vai derrotar a Ucrânia está para lá do racional", acrescentou Biden. "Ele calculou mal cada coisa que planeou inicialmente."
Enquanto a Rússia reunia tropas ao longo da fronteira ucraniana antes da invasão de 24 de fevereiro, Biden e o seu principal diplomata, o secretário de Estado Antony Blinken, conversaram com a Rússia e alertaram sobre as consequências de um ataque.
Blinken falou com o seu homólogo russo, o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, uma vez desde a invasão, mas sobretudo sobre uma proposta para libertar presos norte-americanos.
Macron disse que planeia conversar com Putin, em parte sobre a segurança da central nuclear de Zaporijia ocupada pelos russos na Ucrânia. "Continuarei a conversar com o presidente Putin", disse Macron, pedindo esforços "para evitar a escalada e alcançar resultados concretos".
Mas, como Biden, Macron disse que não pressionaria o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a nenhum plano de paz que ele não aceitasse. "Nunca exortaremos os ucranianos a fazerem um acordo que não seja aceitável para eles", disse Macron.
Macron disse que Zelensky mostrou uma "vontade real" de procurar a paz, acrescentando: "O nosso trabalho deve ser junto com ele".
Desde a invasão, Zelensky insiste que a Ucrânia retome todos os territórios ocupados pela Rússia.