Ataque russo a Casa da Cultura faz 7 feridos, um dos quais uma criança. "Maldade absoluta", diz Zelensky
Zelensky afirmou que "os ocupantes [russos] identificaram a cultura, a educação e a humanidade como seus inimigos", contra os quais "não estão a poupar mísseis". E questionou: "o que está na mente destas pessoas que escolhem tais alvos?"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta sexta-feira que um centro cultural recém-reconstruído em Lozova, na regiâo de Kharkiv, no leste do país, foi destruído num ataque de mísseis russos que deixou sete feridos, incluindo uma criança.
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Numa mensagem nas redes sociais, o presidente ucraniano afirmou que "os ocupantes [russos] identificaram a cultura, a educação e a humanidade como seus inimigos", contra os quais "não estão a poupar mísseis".
Segundo o chefe de Estado ucraniano, a criança ferida no ataque à recém-reconstruída casa da cultura de Lozova, tem 11 anos.
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"Maldade absoluta, estupidez absoluta", lamentou Zelensky sobre o ataque à Casa de Cultura. "O que está na mente destas pessoas que escolhem tais alvos?", questionou.
A informação sobre os feridos foi confirmada à agência Interfax-Ucrânia por Viktor Zabachta, funcionário dos serviços de emergência.
‼️The Palace of Culture in the #Kharkiv region was hit by a missile
According to preliminary information, 7 people were wounded, including an 11-year-old child, according to Victor Zabashta, director of the Center for Emergency Medical Care. pic.twitter.com/3Iwc71Oj1e
O porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Oleksandre Motouzianyk, disse hoje que a situação na frente leste do país permanece "tensa" e "dá sinais de agravamento".
"As forças de ocupação russas estão a disparar intensamente em toda a linha de contacto e a tentar atacar com artilharia a retaguarda das defesas das tropas ucranianas", disse Motouzianyk em conferência de imprensa.
O presidente ucraniano acompanhou a sua mensagem sobre o ataque no leste do país com um vídeo mostrando uma explosão de grandes dimensões que destruiu um edifício, seguida de uma nuvem de fumo.
"Em toda a região de Lugansk há mais de 60 casas destruídas"
As autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos 13 pessoas morreram numa ofensiva militar lançada na quinta-feira pelas forças russas, numa tentativa de tomar o controlo de duas cidades na província de Lugansk.
O chefe da administração militar regional de Lugansk, Serhiy Gaidai, afirmou na plataforma de mensagens Telegram que "o inimigo está a realizar uma operação ofensiva nas áreas de Lisichansk e Severodonetsk" e salientou que "em toda a região de Lugansk há mais de 60 casas destruídas".
"Apesar disto, o assalto a Severodonetsk foi infrutífero e os russos sofreram perdas pesadas", disse Gaidai.
As cidades de Severodonetsk e Lisichansk estão localizadas na província de Lugansk não controlada pela autoproclamada República Popular de Lugansk e é um dos principais alvos das forças russas.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.