Internacional
21 outubro 2021 às 16h09

Prisioneiro será executado hoje depois de há oito meses ter evitado a morte

Em fevereiro, Willie Smith, de 52 anos, evitou a execução no último instante o pedir a presença de um capelão para facilitar a "transição entre o mundo dos vivos e o dos mortos". Tribunal deu provimento às alegações do condenado por ter assassinado a irmã de um polícia em 1991.

DN/Lusa

As autoridades do Alabama, nos Estados Unidos, devem executar esta quinta-feira um afro-americano condenado pelo assassínio de uma mulher branca há 30 anos, depois de a sua pena de morte ter sido suspensa, no último minuto, em fevereiro.

A execução de Willie Smith, 52 anos, ocorrerá numa prisão no sudoeste do Alabama, a não ser que o Supremo Tribunal decida, de novo, no último momento, cancelá-la, tal como sucedeu há oito meses, quando o condenado foi salvo por aquele tribunal superior ter considerado ilegal a ausência de um capelão na câmara de morte.

Nessa altura, Willie Smith pediu para o seu pastor estar ao seu lado, durante a execução, para facilitar o que chamou de "transição entre o mundo dos vivos e o dos mortos".

Desde então, as autoridades penitenciárias divulgaram que permitirão a presença do pastor, mas os advogados de Smith interpuseram outros recursos, incluindo um que alega que o seu cliente sofre de uma deficiência intelectual que o impediu de entender que pode escolher como será executado - por injeção letal ou inalação de nitrogénio.

Em 1991, Willie Smith sequestrou uma mulher de 22 anos (irmã de um polícia), junto de uma caixa multibanco, ameaçando-a com uma arma e obrigando-a a dar-lhe o código do cartão do banco, tendo feito um levantamento de 100 dólares (cerca de 85 euros), tendo sido filmado por uma câmara de vigilância.

Smith dirigiu-se de seguida até um cemitério, onde executou a sua vítima com uma bala na cabeça, colocando depois o seu corpo de volta no carro da jovem, que viria a incendiar.

Um ano depois, Smith foi condenado à morte em tribunal (por decisão maioritária de 10 dos 12 jurados), sendo o Alabama um dos poucos estados norte-americanos que permitem veredictos de júris não unânimes.