O suicídio coletivo de uma família francesa em Montreux, na Suíça, cujos cinco membros se atiraram do sétimo andar de um prédio, foi preparado e até ensaiado, revelou esta terça-feira o Ministério Público, que vai arquivar o caso.
O Ministério Público vai arquivar o caso que chocou a cidade suíça de Montreux em março de 2022.
O suicídio coletivo de uma família francesa em Montreux, na Suíça, cujos cinco membros se atiraram do sétimo andar de um prédio, foi preparado e até ensaiado, revelou esta terça-feira o Ministério Público, que vai arquivar o caso.
Em 24 de março de 2022, o suicídio desta família que vivia de forma independente num prédio em Montreux, perto do casino desta cidade à beira do Lago Léman, causou comoção.
O pai de 40 anos, a sua esposa, a irmã gémea da esposa e a filha de 8 anos do casal morreram. Apenas o filho adolescente sobreviveu à queda, mas ficou gravemente ferido e em coma.
Embora a investigação tenha demonstrado rapidamente que foi um suicídio, as conclusões do Ministério Público revelam "que a mãe e a irmã tinham personalidades dominantes e possessivas, que contrastavam com um pai tímido".
Elas tinham "um forte controlo sobre as crianças e mantinham-nas na crença de que o mundo lhes era hostil", acrescentou o Ministério Público.
A família quase não tinha contacto com o mundo exterior, os filhos estudavam em casa e apenas a irmã gémea trabalhava regularmente.
Segundo a investigação, a família "preparou, ensaiou e organizou a sua partida para 'um mundo melhor'", sem marcar uma data precisa.
Nem a mãe nem a menina estavam registadas nos arquivos oficiais, mas o irmão mais velho deveria estudar em casa.
Um procedimento de verificação realizado por dois polícias na manhã do dia 24 de março de 2022 foi o que levou a família a proceder ao ato.