Internacional
06 outubro 2022 às 20h09

Investigação federal reúne provas de crimes fiscais contra Hunter Biden

Agentes federais acreditam ter reunido provas suficientes para acusar Hunter Biden de crimes fiscais e de mentir sobre a documentação relativa à compra de armas em 2018.

DN/AFP

Agentes federais que investigam Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, acreditam ter reunido provas suficientes para o acusar de crimes fiscais. Cabe agora a um procurador da justiça norte-americana decidir se vai ou não avançar com uma acusação contra o filho de Joe Biden, refere esta quinta-feira o jornal The Washington Post.

A publicação, que cita fontes com conhecimento do caso, refere que os investigadores também acreditam ter provas suficientes para acusar Hunter Biden de fazer uma declaração falsa relacionada com a compra de armas.

Caberá ao procurador dos EUA em Delaware, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump, decidir se irá apresentar acusações contra Hunter Biden, de 52 anos.

O filho do presidente dos EUA, advogado e lobista, reconheceu num comunicado de dezembro de 2020 que estava sob investigação federal, mas negou qualquer irregularidade fiscal.

De 2014 a 2019, enquanto o pai era vice-presidente dos EUA, Hunter Biden desempenhou funções no conselho de administação de Burisma, uma empresa de gás ucraniana.

Donald Trump, recorde-se, enfrentou um processo de destituição pela Câmara dos Representantes ao ser acusado de pressionar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a recolher informações sobre Hunter Biden.

De acordo com o The Washington Post, os agentes federais acreditam que reuniram provas suficientes para acusar Hunter Biden de crimes fiscais e de mentir sobre a documentação relativa à compra de armas em 2018.

O jornal fez saber ainda que o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, remeteu qualquer decisão sobre possíveis acusações contra o filho de Joe Biden para David Weiss, o procurador dos EUA em Delaware.

Chris Clark, um advogado de Hunter Biden, afirmou em declarações ao jornal que os agentes federais não estão autorizados a passar informações aos media. "É um crime federal um agente federal passar informações sobre uma investigação do Grande Júri como esta", disse Clark em comunicado.

"Como é apropriado e legalmente exigido, acreditamos que os procuradores neste caso estão a ponderar não apenas as provas fornecidas pelos agentes, mas também todas as outras testemunhas neste caso, incluindo testemunhas de defesa", acrescentou Clark. "Esse é o trabalho dos procuradores. Não devem ser pressionados ​​ou criticados por fazerem o seu trabalho."