Internacional
31 março 2023 às 16h23

Flanco oriental da NATO pede maior presença militar dos EUA

"Esta é a única língua que a Rússia entende", acrescentou. o ministro dos Negócios Estrangeiros da Roménia, numa reunião do grupo de países conhecido por Nove de Bucareste

DN/AFP

Os membros do flanco oriental da NATO pediram esta sexta-feira (31) uma presença militar intensificada dos EUA na região enquanto aguardam uma cimeira da aliança atlântica em Vilnius em julho.

"Precisamos de trabalhar para aumentar a presença dos EUA na nossa região, no flanco oriental, em termos de tropas e equipamentos", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Roménia, Bogdan Aurescu, após conversas com os homólogos dos chamados Nove de Bucareste (B9), grupo de países que inclui Bulgária, Chéquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Eslováquia.

O grupo reiterou apelos para aumentar as capacidades de defesa da região que faz fronteira com a Ucrânia devastada pela guerra. "Se tivermos uma defesa forte, então podemos projetar uma forte dissuasão no que diz respeito à conduta desestabilizadora da Rússia", disse Aurescu após as negociações na cidade polaca de Lodz. "Esta é a única língua que a Rússia entende", acrescentou.

Aurescu pediu "mais defesa aérea, mais capacidades antimísseis nos nossos territórios... mais meios de vigilância, reconhecimento e inteligência". Os países B9 também prometeram mais apoio à Ucrânia para evitar a invasão russa.

"Os países B9 são líderes aqui, também em termos de mobilização dos aliados para ações mais ousadas, como foi no caso da transferência dos caças MiG-29 ou tanques", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Zbigniew Rau.

"Todos nós apoiamos a adesão da Ucrânia à NATO", acrescentou Aurescu, dizendo que "a prioridade agora é apoiar a Ucrânia para vencer esta guerra". "O próximo mês, o próximo período será crucial para o destino da guerra na Ucrânia", disse Aurescu.