Internacional
15 maio 2022 às 23h02

Covid. Coreia do Norte admite mais oito mortes e falta de vacinas e medicamentos

Regime de inspiração comunista continua a falar de mortes por "febre", depois de ter admitido a existência de um primeiro caso de covid-19.

DN/Lusa

A Coreia do Norte registou oito novas mortes por "febre", quatro dias depois de ter admitido o primeiro caso de covid-19, informou a agência de notícias oficial do país.

O líder do regime coreano, Kim Jong Un, criticou as autoridades sanitárias pela resposta à pandemia e apelou à mobilização imediata dos militares para resolver os problemas de "reservas de medicamentos" na capital Pyongyang, acrescentou a agência de notícias oficial do regime de inspiração comunista, KCNA.

O surto, que Kim Jong Un diz estar a causar uma "grande agitação" no país, está a atingir um Estado que tem um sistema de saúde considerado como um dos piores do mundo, sem acesso a vacinas contra o coronavírus SARS-CoV-2 e a medicamentos antivirais.

Segundo a agência estatal, Kim Jong Un queixou-se, numa reunião de emergência do gabinete político realizada domingo, de que "as ordens ainda não foram devidamente executadas e os medicamentos não foram devidamente fornecidos às farmácias".

De acordo com os dados oficiais, a Coreia do Norte regista um total de 1.213.550 casos de "febre", 50 mortes e pelo menos 564.860 pessoas em tratamento, mas sem especificar se se devem ao vírus que provoca a covid-19.

O sistema de saúde norte-coreano foi classificado, numa avaliação realizada pela Universidade Jonhs Hopkins, dos Estados Unidos, em 193.º lugar entre 195 países, devido a falta de medicamentos e de equipamentos essenciais, de acordo com especialistas.

No entanto, Pyongyang rejeitou o plano de vacinação proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e ofertas de fornecimento de vacinas feitas pela China, Rússia e Coreia do Sul.