Internacional
13 junho 2021 às 12h01

China ataca G7. Assuntos mundiais devem ser geridos por todos os países

O porta-voz da embaixada da chinesa em Londres lembra que "só há um sistema e uma ordem internacional no mundo, a que tem as Nações Unidas no seu núcleo".

DN/Lusa

O tempo em que decisões globais eram ditadas por um pequeno grupo há muito que acabou, diz a China que acredita que os assuntos mundiais devem ser geridos através de consulta a todos os países, sejam grandes ou pequenos.

Numa declaração do porta-voz da embaixada da China em Londres, colocada na sua página oficial na internet, o gigante asiático deu a conhecer a sua opinião sobre a cúpula do G7 e reiterou que "só há um sistema e uma ordem internacional no mundo, a que tem as Nações Unidas no seu núcleo".

Para a China, também existe um só conjunto de normas mundiais, as que estão baseadas nos princípios da Carta da ONU, "e não nas supostas regras formuladas por um pequeno número de países".

"Sempre acreditámos que os países, grandes ou pequenos, fortes ou fracos, fortes ou ricos, são iguais, e os assuntos mundiais devem ser geridos consultando todos os países", refere o porta-voz.

Em resposta aos apelos lançados na cimeira do G7, Pequim diz que "só há um tipo de multilateralismo", também baseado na Carta da ONU e no direito internacional, frente ao "pseudomultilateralismo que serve os interesses de uma camarilha ou bloco político".

Por isso, pediu aos "países relevantes" que deem passos para manter os objetivos e princípios da Carta da ONU e façam "esforços reais" para vencer rapidamente o coronavirus, responder de forma eficaz as alterações climáticas e trabalhar para uma recuperação económica global "robusta".

A reação chinesa surge depois de o Presidente dos Estados unidos, Joe Biden, convencer o resto dos líderes do G7 da necessidade de lançar um grande plano de infraestruturas que neutralize o avanço da China.

Neste sentido, os dirigentes do G7 acordaram no sábado de lançar a iniciativa "Build back better for the world" para "responder às necessidades tremendas de infraestruturas nos países de rendimento médio e alto", segundo a Casa Branca.

O plano quer ser uma alternativa ao projeto chinês Nova Rota da Seda, que visa revitalizar a chamada Rota da Seda através da modernização das infraestruturas e telecomunicações para melhorar a ligação entre a Ásia e a Europa.

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