Internacional
24 janeiro 2022 às 20h59

Boris Johnson fez mais uma festa durante confinamento

Casos de festas ilegais continuam a perseguir o primeiro-ministro britânico.

DN/AFP

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, comemorou o seu aniversário com vários amigos em pleno confinamento, apesar da norma que vigorava à época, noticiou esta segunda-feira a ITV.

Segundo a estação. Johnson participou numa festa de aniversário organizada pela sua mulher na tarde de 19 de junho de 2020, durante o primeiro confinamento, apesar deste tipo de reunião estar proibida. Compareceram na festa até 30 pessoas, inclusive a arquiteta de interiores Lulu Lytle, que executou a dispendiosa recuperação do apartamento de Johnson em Downing Street, cujo financiamento causou controvérsia.

Segundo uma porta-voz de Downing Street, Boris Johnson teria permanecido "menos de dez minutos" nesta reunião. A ITV News reportou que vários amigos da família Johnson teriam participado noutro evento organizado na noite de 19 de junho, o que o gabinete do chefe de governo desmentiu.

"Isso é completamente falso. Seguindo as regras daquela ocasião, o primeiro-ministro recebeu um pequeno número de familiares, numa área externa, naquela noite", garantiu Downing Street.

O dirigente, de 57 anos, está sob fogo após a revelação de uma série de festas comemoradas em Downing Street durante o confinamento, e atualmente atravessa sua pior crise de popularidade desde que chegou ao poder, no verão de 2019.

Perante o escândalo criado com estas revelações, o chefe de governo costuma afirmar que já foi aberta uma investigação a respeito, chefiada pela alta funcionária Sue Grey, e que será preciso aguardar as conclusões da mesma, que não devem demorar.

O ex-conselheiro de Boris Johnson Dominic Cummings já se recusou a ser interrogado sobre esta investigação, assegurando que, se o fizessem, "o primeiro-ministro inventará histórias absurdas". Ao contrário, optou por dar seu testemunho por escrito.

Cummings, que não costuma economizar em ataques contra seu ex-chefe desde que deixou o cargo, no fim de 2020 - num contexto de rivalidades públicas dentro do partido conservador -, advertiu que poderiam vir à tona "outras histórias prejudiciais" se Boris Johnson não apresentar demissão.