Internacional
19 junho 2021 às 07h43

Bombeiros confirmam morte de "um português" e outros "dois desaparecidos"

Equipas de busca detetaram uma terceira vítima mortal, ainda sem informação sobre a sua nacionalidade. Uma das vítimas é portuguesa.

Os bombeiros localizaram o corpo de um dos trabalhadores soterrados nos escombros que resultaram da derrocada de um prédio em construção, em Antuérpia, na Bélgica, aparentemente causada por fortes rajadas de vento.

"Uma terceira vítima foi localizada e infelizmente também faleceu", indicou a porta-voz da proteção civil, Jasmien O. "Ainda não confirmamos sua identidade e nacionalidade", afirmou a mesma responsável.

A terceira vítima foi localizada já ao início da tarde, durante os trabalhos de busca e salvamento, e de remoção de escombros. Durante a madrugada, "cerca das seis da manhã", tinha sido localizada a segunda vítima morta, "entretanto extraída do meio dos escombros, infelizmente já sem vida", relatou Jasmien O.

A porta-voz confirmou que já estão identificadas as nacionalidades de duas vítimas mortais retiradas até ao momento, sendo "um português e um romeno".

Há ainda "dois portugueses entre os três desaparecidos". O outro trabalhador por localizar tem nacionalidade russa. Entre os feridos, a mesma fonte confirmou que há também um cidadão português, quatro de nacionalidade romena, dois cidadãos da Ucrânia, e outros dois, cuja nacionalidade ainda está por apurar.

Ontem durante a tarde, após a derrocada, circulou imediatamente a informação de três vitimas mortais, funcionários de uma empresa de construção da Flandres, que na altura estavam a instalar os andaimes, para a renovação das fachadas de uma escola básica.

Os foram surpreendidos por uma rajada de vento forte, que fez desabar o parte do edifício, arrastando os andaimes e vários trabalhadores, que ficaram no meio do emaranhado de ferros e placas de madeira, e escombros do edifício.

A informação sobre a morte de três portugueses foi comunicada oficialmente às autoridades portugueses, através de fontes oficiais belgas. Ao que ao DN apurou, foi comunicada aos serviços consulares portugueses, com detalhes da nacionalidade, dos nomes dos operários, e até da localidade de onde vieram em Portugal, pelo ministério do Interior.

Mas, equipas de busca no terreno mantém reservas sobre essa informação, e garantem que a nacionalidade das vítimas ainda está por apurar, sendo comunicada posteriormente.

No local, estão desde ontem dezenas de elementos de equipas de busca e salvamento, bombeiros, coordenadores da proteção civil local, e operadores de escavadoras, a trabalhar na remoção de escombros.

Procuram ainda por quatro desaparecidos, presume-se que estejam no meio da amálgama de ferro retorcido, placas de madeira, e pedaços de betão. Ao início da madrugada, as equipas no local pararam toda a maquinaria, para provocar um silêncio, tentando encontrar sinais sonoros de vida.

Foi seguido um protocolo de vários pedidos de resposta, durante vários minutos, mas todos ficaram sem qualquer reação. "Podemos dizer que não obtivemos resposta às nossa chamadas de voz e de silvos sonoros, mas não podemos dizer que as cinco pessoas tenham morrido", afirmou cautelosamente, outra porta-voz dos bombeiros, Marie De Clercq, admitindo que a ausência de sinais de vida se pudesse dever a um "estado de inconsciência".

"Os nossos trabalhos são para encontrar sobreviventes", disse De Clercq ao DN, solicitando que a referência a estas pessoas seja como "soterradas", enquanto as buscas ainda decorrem, no pressuposto de que ainda estejam com vida.

Notícia atualizada este sábado às 12:32