Perfil
07 janeiro 2017 às 16h11

A vaiar Marcelo Caetano em Londres e a reunir-se com Cunhal em Paris

Ainda na ressaca do Maio de 68, quando Mário Soares tentou iniciar uma carreira em Vincennes, os estudantes esquerdistas nem sequer o deixavam falar, pois, como contou a Dominique Pouchin (Memória Viva), a PIDE difundira panfletos afirmando que ele era "um social-democrata nojento, um traidor e um amigo de [Marcelo] Caetano" - e os alunos, até serem confrontados com as suas passagens pelas celas salazaristas, rotulavam-no como "porco fascista" (idem). Depois, lecionou também na Sorbonne e em Rennes, advogou, escreveu em revistas e fundou, com outros exilados, uma livraria em Paris - até seria iniciado na Grande Loja de França, acabando por esquecer a Maçonaria ao regressar a Portugal.

/img/placeholders/redacao-dn.png
Fernando Madaíl
/img/placeholders/redacao-dn.png
Fernando Madaíl