24 outubro 2012 às 00h28

Oposição às Forças Armadas fez rolar cabeças na GNR

A exoneração de um histórico coronel da GNR, conhecida ontem, autor de uma ação judicial contra a entrada de generais das Forças Armadas para o comando desta força de segurança, está a deixar o quartel do Carmo ao rubro. Albano Pereira, 55 anos, comandante em Setúbal desde 2011 e durante dez anos o chefe máximo de toda a investigação criminal da GNR, foi autor de uma providência cautelar com esse objetivo, apoiado por um grupo de oficiais da Guarda. Mas para o comandante-geral, general de cavalaria Newton Parreira, esta iniciativa significa uma contestação inaceitável ao seu comando. Com mão pesada, invocando quebra "inarredável do vínculo de confiança", fez rolar a cabeça do coronel. Albano Pereira foi o segundo oficial superior, ligado a este movimento de contestação, a ser afastado do cargo. Há uma semana, o castigo caiu também sobre o chefe da Divisão de Justiça e Disciplina, António Martins. O Ministério da Administração Interna remete-se ao silêncio.