Mundo
16 agosto 2020 às 20h35

"Primeiro, receei a guerra. Agora não esqueço o som das mães que gritavam pelos filhos"

Rui é padre jesuíta. Vive em Beirute há ano e meio e foi apanhado pela explosão de 4 de agosto numa biblioteca, não muito longe do porto. Pensou que a guerra ia começar. Ao sair para a rua, sentiu-se aliviado, "tinha escapado". A destruição era tremenda e o som das mães a gritar pelos filhos impactante, mas tinha de ajudar quem vagueava nas ruas ensanguentado. Foi o que fez. Quase 15 dias depois, a vida está longe de voltar ao normal, mas espera continuar a viver no Líbano; gosta do país e das suas gentes.