Presidente da Emirates Airlines defende que o voo MH370 não terá caído no Índico
Numa altura em que as buscas recomeçaram no oceano Índico para tentar encontrar o Boeing 777 que desapareceu a 8 de março, Tim Clark acredita que se o avião tivesse caído no Índico, teriam sido encontradas algumas pistas.
O presidente da Emirates Airlines, companhia que tem 127 aeronaves do mesmo modelo da que desapareceu, realçou ainda em entrevista ao Der Spiegel, citada pela Sky News, que o avião não estaria em piloto automático, tese defendida pelas autoridades que investigam o misterioso caso. "[O voo] MH370 estava, na minha opinião, sob controlo, provavelmente até ao fim", disse.
Tim Clark mostra-se cético quanto ao que tem sido revelado como o provável destino final do avião da companhia aérea malaia. "A nossa experiência diz-nos que em incidentes na água onde o avião tenha caído, há sempre algo", realçou, acrescentando que, no entanto, "nem uma almofada dos assentos foi encontrada".
"Não houve nenhum incidente na água, com a exceção da Amelia Earhart em 1939, que não tenha sido cinco ou 10% detetável. Porém, o voo MH370 simplesmente desapareceu. Isso levanta suspeitas", afirmou Tim Clark.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Salienta ainda que é necessário que todos os segundos do voo, até perder contacto, sejam estudados e que a investigação seja "transparente".
O voo MH370 da Malaysia Airlines fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim quando desapareceu a 8 de março. A bordo estavam 239 pessoas, a maioria chineses. As autoridades acreditam que o avião se desviou por completo da rota prevista e que se despenhou no oceano Índico. Há poucos dias foram retomadas as buscas, numa fase que poderá durar até um ano.
A teoria mais defendida é que terá havido uma despressurização da cabine e que as pessoas a bordo terão ficado inconscientes, tendo o avião continuado em piloto automático até ficar sem combustível.