Presidente da Câmara de Roma registou 16 casamentos de homossexuais
O presidente da câmara municipal de Roma registou hoje a transcrição de 16 casamentos de homens e mulheres homossexuais realizados no estrangeiro, apesar da lei italiana não permitir este tipo de contrato.
A cerimónia decorreu na Câmara Municipal de Roma, enquanto na outra margem do rio Tibre bispos de todo o mundo, reunidos no sínodo sobre a família, se preparavam para votar um texto que continha uma passagem sobre o acolhimento dos homossexuais na Igreja e que originou uma polémica entre defensores e opositores desta atitude.
Os casais, acompanhados pelas suas famílias e, por vezes, por crianças, foram ao edifício da câmara para realizar a transcrição da sua união para os registos dos casamentos da cidade.
O autarca Ignazio Marino, de um partido político de esquerda, qualificou estes registos de simples atos de estado civil.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Na rede social Facebook, o ministro da Administração Interna, Angelino Alfano, de centro-direita, "recordou que isso não é possível à luz da lei italiana".
A diocese de Roma criticou na sua revista semanal Roma Sette "a escolha ideológica" e "a afronta institucional" que representa a decisão do presidente da câmara.
Na Igreja, durante o sínodo, que hoje termina, surgiu um forte debate sobre o acolhimento dos homossexuais, desde há muito menosprezados e condenados pela instituição católia.
Mas, nenhum dos cerca de 200 bispos, nem mesmo os menos conservadores, defendeu o casamento entre homossexuais.
Segundo a doutrina católica, o casamento deve ser celebrado entre um homem e uma mulher.