O radical cada vez mais suave e o conservador que gosta de arriscar
Tsipras começou a sua vida política na luta estudantil quando militava na Juventude Comunista. Samaras nasceu numa família rica, fez o ensino superior nos Estados Unidos e já teve o seu pequeno partido.
Alexis Tsipras e Antonis Samaras. Uma coisa parece ser certa: o partido de um deles sairá vencedor das eleições legislativas de hoje, muito provavelmente sem maioria parlamentar. Mas como a esperança é a última a morrer, ontem os líderes do Syriza e da Nova Democracia, apesar de ser dia de reflexão, ainda andavam a apelar ao votos dos gregos que não tinham decidido em quem votar. E que poderão dar uma vitória mais folgada à extrema-esquerda ou a continuação no poder aos conservadores.
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"Somos fortes, os 14% de indecisos estão connosco", disse ontem Samaras. "As pessoas querem estabilidade", acrescentou."Não vai haver uma segunda volta", afirmou, por sua vez, Alexis Tsipras.
O líder do Syriza é aos 40 anos o rosto mais vísivel da alternativa aos partidos tradicionais gregos face aos anos de pesada austeridade impostos à Grécia desde 2010. Nos últimos dois anos, Tsipras e o seu partido de extrema-esquerda têm registado uma espetacular subida eleitoral, sendo hoje favoritos à vitória.
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Em dia de reflexão eleitoral, Antonis Samaras visitou a tenda do partido na Praça Syntagma, frente ao Parlamento, onde foi recebido por cerca de uma centena de militantes.
© REUTERS/Marko Djurica
O golpe que o primeiro-ministro grego esperava conseguir ao antecipar em dois meses a eleição presidencial pode afinal tornar-se fatal para este conservador que gosta de cultivar a imagem de alguém que gosta de arriscar. Antonis Samaras, 63 anos, viu o Parlamento falhar a eleição do candidato do governo para presidente e foi obrigado a convocar legislativas, que poderá perder hoje para Tsipras.
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