Jornalista francês é morto na Síria
Um ataque de morteiros das forças governamentais na cidade que é um dos símbolo da resistência ao regime de Assad matou um jornalista francês e seis sírios.
O jornalista francês Gilles Jacquier foi morto em Homs durante um ataque de morteiros a um bairro onde se encontrava em reportagem.
Ao serviço da France 2 desde 1999, Jacquier realizava uma reportagem naquele que é um dos centros da resistência ao regime de Bachar al-Assad, quando forças fiéis a Damasco lançaram uma barreira de morteiros sobre um ponto onde confluem os bairros de Akrama e de Al-Nouzha. Também perderam a vida seis sírios.
O francês estava integrado num grupo de jornalistas que viajara com autorização do regime sírio. É o primeiro jornalista ocidental a morrer nos dez meses da revolta contra o regime de Damasco, iniciada a 15 de março de 2011.
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O Governo francês já pediu explicações, exigindo que se esclareçam "todas as circunstâncias em que sucedeu o incidente", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Alain Juppé.
Gilles Jacquier cobria a atualidade internacional desde os anos 90, tendo acompanhado os conflitos do Kosovo, RDCongo, Iraque, Haiti, Costa do Marfim e a questão israelo-palestiniana. Recentemente, acompanhara o desenvolvimento da "Primavera Árabe".
O diretor de informação do grupo france Télévisions definiu-o como "uma pessoa excecional, um dos melhores da France 2. Vamos sentir a sua falta".