Hezbollah diz que ataque mostra origens do conflito

O Hezbollah libanês, aliado do regime de Damasco, considerou hoje que o bombardeamento de um centro militar na Síria por Israel mostrou claramente quais são "as origens" do conflito sírio.

Em comunicado, o movimento xiita armado "constata que este ataque deixou evidente as origens do que se passa na Síria há dois anos e os objetivos criminosos que visam destruir o país e exército para enfraquecer o seu papel central na resistência [contra o Estado hebreu] e terminar a grande conspiração contra os povos árabes e muçulmanos".

O Hezbollah "condena vigorosamente esta nova agressão sionista contra a Síria", o primeiro ataque israelita na Síria desde o início, em março de 2011, da revolta popular contra o regime do Presidente Bashar al-Assad, que já causou mais de 60.000 mortos, de acordo com as Nações Unidas.

Esta "agressão selvagem pede uma grande e vigorosa campanha de denúncia e condenação pela comunidade internacional, dos países árabes e muçulmanos", para denunciar o silêncio internacional "cada vez que Israel é o agressor".

O Hezbollah manifestou "inteira solidariedade com a Síria, os seus líderes, exército e povo".

Para o movimento xiita libanês, este ataque demonstra a vontade de Israel de impedir "as forças árabes e muçulmanas de reforçar as capacidades militares e tecnológicas".

Damasco anunciou na quarta-feira que a aviação israelita tinha "bombardeado diretamente" um centro de investigação militar situado entre Damasco e a fronteira libanesa, pela primeira vez em cerca de dois anos de conflito na Síria.

"Um avião de combate israelita violou o nosso espaço aéreo ao amanhecer e bombardeou diretamente um centro de investigação sobre a melhoria da resistência e da autodefesa na região de Jomrayah, na província de Damasco", afirmou o exército num comunicado publicado pela agência noticiosa oficial Sana.

O exército sírio afirmou que dois funcionários morreram e cinco ficaram feridos no ataque ao centro, cujo "edifício ficou parcialmente destruído".

Questionada pela agência noticiosa francesa AFP, uma porta-voz do exército israelita escusou-se a fazer qualquer comentário.

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