Hezbollah diz que nova caricatura do Charlie Hebdo "favorece o terrorismo"
"O que foi repetido pela revista francesa fere fortemente os sentimentos de mais de 1,5 mil milhões de muçulmanos", diz movimento xiita.
O movimento xiita libanês Hezbollah, que condenou o atentado contra o jornal Charlie Hebdo, considerou hoje que a nova caricatura de Maomé na capa do semanário satírico "fere o sentimento" dos muçulmanos e pode originar "mais extremismo".
"O que foi repetido pela revista francesa fere fortemente os sentimentos de mais de 1,5 mil milhões de muçulmanos em todo o mundo e todos os que se identificam com as religiões monoteístas", considerou em comunicado a formação islamita.
"É um ato que contribui diretamente para ajudar o terrorismo, o extremismo e os fundamentalistas", acrescenta o movimento xiita.
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Na sexta-feira o seu líder tinha considerado que os 'jihadistas' sunitas insultam o islão de uma forma semelhante às publicações que ridicularizam Maomé, mas sem se referir ao massacre no Charlie Hebdo há uma semana e que dizimou a sua redação.
"Neste momento é mais necessário que nunca falar do profeta devido ao comportamento de certos grupos terroristas que se reivindicam do islão", disse na altura Hassan Nasrallah.
O Jornal satírico Charlie Hebdo voltou hoje às bancas com um Maomé na capa e mostrando a frase "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie), numa tiragem histórica que se esgotou em poucos minutos e que será reproduzida durante duas semanas até atingir os cinco milhões de exemplares.