Sequestrador estónio pode ter-se inspirado em Breivik

O homem que hoje morreu no edifício do Ministério da Defesa da Estónia, em Tallin, pode ter agido por influência do massacre há três semanas na Noruega, admitiu o primeiro-ministro estónio.

"O que aconteceu é deprimente", afirmou o primeiro-ministro da Estónia, Andrus Ansip. "Podemos imaginar que haja alguma ligação com o que aconteceu na Noruega", acrescentou o chefe de Governo ao portal "Delfi", referindo-se ao duplo atentado do norueguês Anders Breivik, que, no dia 22 de Julho, matou 77 pessoas em Oslo.

As autoridades dizem que o homem que hoje invadiu o edifício do Ministério da Defesa em Tallin é Karen Drambjan, um estónio de ascendência arménia, nascido em 1954, que pertencia a um pequeno partido de esquerda mas sem histórico nas Forças Armadas.

Ainda estão por precisar as razões que motivaram este ataque, bem como com as circunstâncias da morte do invasor.

Após notícias inicialmente avançadas pela polícia de Tallinn de que Karen Drambjan se havia suicidado, ganha agora terreno a tese de que foi morto pelos agentes policiais durante o tiroteio ocorrido dentro do edifício.

"Ele foi atingido e morreu na sequência disso. Não se tratou de um suicídio", afirmou Erik Heldna, dos serviços de informação (KAPO)

Karen Drambjan pertencia ao Partido de Esquerda (Eesti Vasakpartei), força política sem expressão na Estónia e um dos sucessores do antigo Partido Comunista desta ex-república da União Soviética, independente desde agosto de 1991.

Quer o primeiro-ministro quer o ministro da Defesa, Mart Laar, admitem que o intruso tinha, atendendo à quantidade de explosivos que carregava, planos bem mais destrutivos.

Segundo Mart Laar, o homem levava uma máscara de gás, uma pistola, uma centena de munições e um saco cheio de explosivos.

Toda a ação decorreu no átrio de entrada do Ministério da Defesa, no centro de Tallinn. De acordo com Erik Heldna, não chegou a haver reféns neste incidente, ao contrário das primeiras notícias avançadas.

Acredita-se que o infiltrado tenha atuado sozinho e sem cúmplices. Não são conhecidas quaisquer reivindicações de teor político.

Karen Drambjan já havia tido alguns problemas com as autoridades e era natural da capital arménia, Erevan. Estudou Direito na Universidade de Kaliningrado e, em 2009, aderira ao Partido da Esquerda da Estónia.

Chegou a ser candidato à Assembleia Municipal de Maardu, localidade situada a duas dezenas de quilómetros de Tallinn.

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