PP destruiu discos rígidos dos computadores de Barcenas

O Partido Popular (PP) espanhol confirmou a um tribunal ter destruído os discos rígidos de dois computadores do ex-tesoureiro Luis Barcenas, atualmente detido, e que o partido tinha apresentado a um juiz na semana passada.

Um juiz de instrução da Audiência Nacional convocou hoje as partes para assistir à recuperação de informação dos dois computadores que o PP entregou na semana passada.

O objetivo era confirmar se a informação contida nesses computadores confirmava a que Barcenas tinha apresentado anteriormente ao tribunal e que, alegadamente, demonstrava a existência de uma contabilidade paralela no PP.

Quando hoje se procedeu à análise dos computadores os especialistas informáticos da polícia confirmaram que um dos computadores nem sequer tinha disco rígido e que no segundo havia um disco de 500 'gigabytes' de capacidade mas que o PP disse não ser o original, que também foi destruído.

O PP justificou a destruição do disco explicando que, de acordo com a Lei de Proteção de Dados, quando alguém deixa de usar um equipamento este é formatado e que, no caso da pessoa ter sido responsável por informação sensível o disco rígido é destruído.

Em finais de fevereiro, o ex-tesoureiro apresentou uma queixa contra o PP por "despedimento improcedente" do cargo de consultor, que ocupou entre março de 2010 e final de janeiro.

Posteriormente, apresentou uma segunda queixa, numa esquadra em Madrid, pelo alegado roubo de dois computadores que estavam no escritório que estava a usar na sede do PP e que o partido, alegou Barcenas, não o deixou recolher.

O PP explica ter destruído os discos rígidos depois de um juíza de Madrid ter arquivado, no passado dia 21 de abril essa queixa de Barcenas sobre o roubo dos computadores.

Javier Gómez de Liaño, advogado de Barcenas, manifestou surpresa pela destruição dos discos, considerando que a informação que continham era "extraordinariamente importante".

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