Ilhas a norte da Irlanda começaram hoje a votar
As ilhas ao norte da República da Irlanda começaram hoje a votar no referendo de sexta-feira sobre o Tratado de Lisboa, que o primeiro-ministro, Brian Cowen, definiu como "um momento decisivo para o futuro do país"
"Temos grandes decisões a tomar sobre a posição da Irlanda na
Europa", disse Brian Cowen terça-feira à noite, acrescentando que o
referendo "é um momento decisivo para o futuro do país".
Os irlandeses pronunciam-se sexta-feira em referendo sobre o Tratado de Lisboa, quase ano e meio depois de uma primeira consulta em que o rejeitaram, paralisando o processo de reforma institucional da União Europeia.
As primeiras assembleias de voto abriram hoje, nas ilhas ao norte do país, onde todas as eleições se realizam tradicionalmente dias antes, dada a possibilidade de ficarem isoladas pelo mau tempo.
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Os cerca de 800 eleitores das ilhas de Arranmore, Gola, Inishboffin, Inishfree e Tory votam já hoje e, quinta-feira, é a vez de cerca de 1.300 residentes das ilhas Clare, Inishbiggle, Inishturk, Inishbofin e Aran.
Os cerca de 500 eleitores das ilhas de Cork votam juntamente com o resto do país, na sexta-feira.
Com o aproximar da data do referendo, e a Irlanda mergulhada na crise económica, o Governo multiplicou os apelos ao voto no 'sim' sublinhando as consequências positivas que a aprovação do Tratado vai ter na situação económica do país.
O primeiro-ministro, Brian Cowen, afirmou que a votação de sexta-feira é tão importante quanto a decisão de 1973 de aderir à União Europeia, uma vez que "vai determinar o futuro do país, não só para os próximos meses e anos, mas para as próximas décadas".
O ministro das Finanças, Brian Lenihan, afirmou que o esforço irlandês para sair de uma das piores recessões europeias, incluindo o prometido plano de resgate do Banco Central Europeu à Irlanda, no valor de 54 mil milhões de euros, depende, mais do que nunca, da boa vontade da Europa.
"Uma vitória do 'não' destruiria a confiança internacional na capacidade do país para enfrentar a crise financeira", disse.
As últimas sondagens dão vantagem ao "sim", com 55% a 68% de intenções de voto, em detrimento do 'não', que regista 17% a 27%.